Décimo Nono Capítulo

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𝕬 𝕽𝖊𝖛𝖎𝖗𝖆𝖛𝖔𝖑𝖙𝖆.

⚠ Este capítulo possui 2 dum limite de 5 de agressividade ou temas considerados inadequados para um público menor de idade ou sensível. O tema apresentado retrata ansiedade, sequestro, ansiedade. ⚠

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Minhas ninfas são como minhas filhas
Eu as protejo a todo custo
Da última vez que deixamos estranhos viver
Enfrentamos uma grande perda
Você não me deu nenhuma razão para
Agraciar-lhe com minha confiança
Mas a verdadeira natureza de todos é
Revelada em atos de luxúria

❜ ⌗ Done For - Jorge Rivera-Herrans

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𝖅𝖆𝖗𝖆 𝖂𝖆𝖙𝖘𝖔𝖓 𝖘𝖊𝖌𝖚𝖗𝖆𝖛𝖆 𝖚𝖒 𝖎𝖓𝖘𝖙𝖗𝖚𝖒𝖊𝖓𝖙𝖔 𝖊𝖒 mãos, capaz de modelar e alisar os cabelos, transparecendo ficar quente demais para suas mãos, retirando delicadamente da tomada e pousando a prancha alisadora em um canto, observando o quão diferente se achava no banheiro: antes, com os cabelos lisos, semelhantes às correntes de água caindo esplendorosamente de uma cascata, transformaram-se agora em sedosos cachos dourados.

Se retirando do cômodo onde a umidade pairava no ar, carregando o aroma de sabonete, tendo tomado banho instantes antes para o seu compromisso, fechou a porta, ouvindo um toque de celular, uma notificação, provinda do seu quarto. Pegou o dispositivo móvel da cama, lendo a mensagem sem desbloquear a tela, alguém esperando-na fora de sua casa. Um sorriso em seus lábios surgiu, ela guardando o dispositivo em sua bolsa e descendo as escadas de sua casa, dando uma última olhada para verificar se tudo estava certo, confirmando que sim.

Ao abrir a porta e trancá-la, ela era aguardada por um jovem-adulto elegantemente vestido, um cheiro bom saindo dele: Zachary Rogers. Desde o instante em que ambos se conheceram, trocando mensagens, curtiram variados lugares juntos, experimentando a preferência de locais de cada um deles, conhecendo mais do estilo. No entanto, Zachary gostaria de levar sua nova companheira de aventuras em um lugar que admirava muito.

── Você está muito linda, Zara. ── Zachary a elogiou, notando a mudança no cabelo dela, também; ela sorriu, um pouco envergonhada, agradecendo. ── Pronta para ir? É um pouco longe. Desculpe se você pretendia ir de algum veículo, mas eu prefiro ir à pé. Se você não se importar é claro, podemos pegar um taxi.

── Não se preocupe. De qualquer forma, não faz mal uma boa caminhada. ── ela sorriu gentilmente.

Os dois se puseram a caminhar, distanciando-se da casa da loira, passando pelas vizinhanças com algumas pessoas passando e, de instância, não conhecendo a jovem médica por conta do seu novo visual, reconhecendo momentos depois, curiosos para aonde ela poderia estar indo com um rapaz tão bonito. A barriga de Zara logo, logo, roncaria, pois, afinal, tinha saído em uma caminhada no horário do almoço, optando por comerem fora.

A aparência das residências mudavam à medida que entravam e saiam das ruas, o trajeto parecendo interminável, como se andassem em círculos, não chegando a lugar algum. Para matarem o tempo, conversavam alegremente, abordando assuntos aleatórios até que entrassem em um consenso, aparecendo alguns relatos acontecidos em suas infâncias, como Zara que já cuidou de uma criança de cinco quando tinha doze e Zachary, que já trocou uma televisão com um alicate.

Zara morou em Honiara sua vida inteira, mas nunca chegou a visitar o novo restaurante que Zachary lhe apresentou, parecendo ter surgido agora há pouco, nunca tendo notado sua presença. Um restaurante evocando a imagem de um oásis no deserto, mas que ainda apresentava a frescura e a luminosidade da Oceania, como observou Zara. Ao os dois entrarem no estabelecimento, a jovem não pôde deixar de notar os hieróglifos contidos na parede, incorporados nas paredes, sem sobrecarregar o ambiente. Ela não entendia nada, mas aquilo era intrigante.

A Herança dos Sete DiasOnde histórias criam vida. Descubra agora