Ao avistar aquela cena aterrorizante, meu coração começou a bater descontroladamente enquanto eu era envolvida pelo pavor, incapaz de desviar o olhar da visão macabra diante de mim. Um calafrio percorreu minha espinha, paralisando no lugar.
Ao dar passos incertos para trás, meu pé encontrou uma pedra solta, fazendo perder o equilíbrio. Com um grito abafado, meus braços se agitaram em busca de algo para me segurar, mas o vazio era tudo o que encontravam. De repente, o chão veio ao meu encontro, minhas costas encontrando a dureza fria e áspera do solo. O impacto espantou as moscas, perturbadas pelo barulho. Revelando os corpos em decomposição. O cheiro insuportável dos cadáveres invadiu minhas narinas, provocando uma sensação de náusea. E logo reconheci os dois cães e o Milt!Desesperada, ergui do chão, percebendo que minha roupa estava manchada e suja. O som das batidas aceleradas do meu coração ecoava em meus ouvidos, abafando qualquer outro ruído ao meu redor. Enquanto tentava assimilar a terrível realidade diante de mim, cada passo de volta para casa parecia mais longo e sombrio. As lágrimas em meus olhos dificultavam minha visão, transformando o caminho familiar em um labirinto desconhecido.
Foi nesse momento que me deparei com um estrutura abandonada, suas paredes manchadas pelo musgo e pelo tempo, parecendo guardar segredos há muito esquecidos. Um brilho misterioso e pulsante capturou minha atenção, como se fosse um convite para desvendar os mistérios ocultos daquele lugar desolado, despertando uma sensação de curiosidade.
Entre as folhas e ramos do bosque, encontrei uma caixa de madeira esquecida pelo tempo, coberta de musgo e mistério. Com mãos trêmulas, afastei as camadas de vegetação e abri. Dentro, havia uma coleção de cartas amareladas e fotografias desbotadas, como relíquias silenciosas de um passado esquecido. No entanto, uma imagem específica capturou minha atenção: meu avô, ao lado de um homem estranho, segurando um documento que despertou uma sensação de reconhecimento instantâneo em mim.
Uma imagem específica capturou minha atenção: meu avô ao lado de um homem estranho, segurando um documento que parecia despertar uma memória há muito adormecida dentro de mim. Enquanto tentava decifrar o significado por trás da cena congelada no tempo, um ruído misterioso ecoou pelo bosque, como se o próprio passado estivesse tentando se comunicar.
Decidida, fui na direção do som até ver duas pessoas ao lado de uma máquina estranha. Na escuridão, notei um rapaz segurando um papel como o que meu avô tinha. Pensei por que ele estaria lá. Quando deixei cair minha caixa, o barulho o fez perceber que eu estava ali.
Seus olhos encontraram os meus, e foi nesse momento que reconheci Marco Hell. Sem hesitar, comecei a correr, impulsionada pelo medo e pela necessidade de escapar daquele lugar sombrio. Cada passo era uma luta contra a escuridão e o desconhecido, até que avistei a luz da minha cozinha.
Corri em direção a ela, movida pela esperança de segurança, mas tropeçei e cair, torcendo meu pé e deixando vulnerável. Foi nesse instante que me dei conta da presença silenciosa de Marco, seu olhar fixo em mim como um espectador impassível diante de um drama que se desenrolava. Seus olhos não denotavam intenção de perseguição, em vez disso, pareciam absorver cada detalhe dos acontecimentos.
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1° Volume - Jardim de Lenar Muller (CONCLUÍDO)
غموض / إثارةEnquanto mantém a serenidade de sua rotina pacífica, Lenar se vê envolvida em um emaranhado de mistérios intrigantes. A antiga região revela segredos enterrados no tempo, e ela se vê obrigada a desvendar os enigmas que assombram as terras onde vive...