Capítulo 4 - Breve Trégua?

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Alguns dias se passaram desde aquela noite de corrida, e a frustração ainda ardia em mim como uma ferida aberta

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Alguns dias se passaram desde aquela noite de corrida, e a frustração ainda ardia em mim como uma ferida aberta. Cada dia ao lado de Max parecia um exercício de paciência e autocontrole, algo que eu estava rapidamente perdendo. A derrota na corrida ainda pesava em minha mente, e agora, além de lidar com a humilhação, eu me via obrigada a conviver com o inimigo.

Trabalhar com Max era como andar sobre cacos de vidro. Sua presença constante, suas observações sarcásticas e seu olhar presunçoso faziam meu sangue ferver. Ele parecia se deleitar com cada oportunidade de me lembrar da derrota, usando-a como uma arma para minar minha confiança.

Na primeira reunião após a corrida, ele fez questão de mencionar a "competitividade saudável", com um sorriso arrogante no rosto que me fez querer gritar. Eu mantive a compostura, mas cada palavra dele era como uma agulha, provocando-me e testando meus limites.

Os dias na promotoria se tornaram uma batalha de resistência mental. Cada vez que eu tentava concentrar-me no trabalho, sentia seu olhar sobre mim, como se estivesse esperando que eu cometesse um erro. E, claro, ele não perdia a chance de apontar qualquer deslize, por menor que fosse.

— Você está bem, Wendy? Parece distraída. — Ele comentou uma vez, com uma falsa preocupação que me fez cerrar os dentes.

— Estou ótima, Max. Só focada no que realmente importa — Respondi com frieza, recusando-me a dar-lhe a satisfação de saber o quanto ele me afetava.

A tensão era palpável, e até Klaus, sempre otimista, notou.

— Vocês precisam encontrar uma maneira de trabalhar juntos — Ele disse, tentando ser a voz da razão.

Mas o problema era que Max e eu éramos como óleo e água; simplesmente não nos misturávamos.

Chegar em casa após um dia com Max era um alívio, mas a paz durava pouco. Sabia que no dia seguinte tudo recomeçaria, e a ideia de passar mais um dia naquele ambiente hostil me consumia. Pilotar minha moto à noite era minha única válvula de escape, a única coisa que me fazia sentir viva e no controle.

No entanto, mesmo enquanto acelerava pelas ruas escuras, o pensamento de Max estava lá, como uma sombra constante. Eu precisava encontrar uma maneira de lidar com ele, de superar essa rivalidade que nos corroía por dentro. Porque, por mais que eu odiasse admitir, ele estava ganhando, e isso era algo que eu simplesmente não podia aceitar.

Cada dia que passava, minha determinação crescia. Eu sabia que, eventualmente, encontraria uma maneira de virar o jogo, de mostrar a Maxwell que ele não podia me derrubar. Até lá, eu suportaria. Porque, no fundo, eu era uma lutadora, e sabia que a vitória seria minha, custasse o que custasse.

Obsessão Mortal: O Perigo Mora ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora