Capítulo 10 - Emoções Complicadas

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O dia seguinte começou estranhamente calmo na promotoria

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O dia seguinte começou estranhamente calmo na promotoria. Cheguei cedo, como de costume, e encontrei Klaus já trabalhando. O ambiente estava tranquilo, e o silêncio era quebrado apenas pelo som de teclados e o ocasional murmúrio de conversas entre colegas de trabalho.

Sentada à minha mesa, comecei a revisar os papéis do caso que estávamos investigando. Klaus estava concentrado ao meu lado, e a rotina diária deveria ter sido suficiente para prender minha atenção. No entanto, por algum motivo, eu não conseguia desviar o olhar da porta. Cada vez que alguém passava pelo corredor, meu coração acelerava um pouco, esperando que a qualquer momento Max fosse aparecer.

Foi estranho admitir para mim mesma que, depois dos eventos da noite passada, eu estava curiosa para vê-lo novamente. A maneira como ele me ajudou, mesmo que de forma desastrosa, criou uma pequena rachadura na muralha de animosidade que sempre existiu entre nós. Não sabia o que fazer com isso, mas não conseguia ignorar a sensação.

— Você está bem? — Klaus perguntou, interrompendo meus pensamentos.

— Sim, estou — Respondi rapidamente, forçando um sorriso. — Só estou um pouco distraída.

Ele me lançou um olhar curioso, mas não insistiu. Voltei a me concentrar nos documentos à minha frente, tentando me perder nos detalhes do caso. Mas, inevitavelmente, meus olhos se desviavam para a porta de tempos em tempos.

Me perguntei por que Max ainda não tinha chegado. Ele normalmente era pontual, e sua ausência estava começando a me preocupar de uma maneira que eu não conseguia entender completamente. Tentei afastar esses pensamentos, mas era difícil.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ouvi passos no corredor. Meu coração deu um salto quando a porta se abriu e Max entrou, parecendo tão confiante e despreocupado como sempre. Ele me lançou um sorriso casual antes de se dirigir à sua mesa.

— Bom dia — Ele cumprimenta Klaus e a mim com um aceno de cabeça.

— Bom dia — Respondi, tentando manter a voz firme e neutra.

Max se sentou e começou a trabalhar, aparentemente alheio ao turbilhão de pensamentos na minha cabeça. Tentei voltar ao trabalho, mas a presença dele parecia preencher a sala de uma maneira que não acontecia com mais ninguém. Era como se um campo magnético invisível nos conectasse, uma tensão que eu não sabia como lidar.

Klaus, perceptivo como sempre, notou a dinâmica. Ele me lançou um olhar de lado, mas novamente, optou por não comentar. Fiquei grata por isso. Não sabia como explicar o que estava acontecendo, nem para mim mesma.

Conforme o dia avançava, a rotina da promotoria continuou. Eu me forcei a focar mais no trabalho, mas a consciência de Max sentado ali, a poucos metros de distância, nunca desapareceu completamente. De vez em quando, nossos olhares se cruzavam, e eu percebia uma faísca de algo indefinido nos olhos dele. Algo que sugeria que a noite anterior também não tinha sido insignificante para ele.

Obsessão Mortal: O Perigo Mora ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora