Capítulo 1 - Brincadeira do Destino

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Anos Depois

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Anos Depois...

Essa não é uma história de amor, mas sim de como arruinei a minha vida por causa do amor.


Sentada de frente para aquele homem asqueroso, pude perceber o quanto a humanidade estava perdida. Eu amava o meu trabalho, mas na maioria das vezes eu o repudiava. Era repugnante e assustador; lidar com aqueles casos, com certeza me fez ver o mundo por outra perspectiva. Pessoas ruins existiam aos montes, e eram a maioria.

Mais uma vez naquela sala de interrogatório, só estava eu e um estuprador, a pior raça existente. A meia luz daquela sala deixava o ambiente ainda mais intimidador; no centro, havia uma mesa de lata, foi posta para que o interrogatório fosse mais "confortável".

Olhei mais uma vez para o homem sentado a minha frente, seus braços presos a uma algema estavam sobre a mesa, a qual ele batia freneticamente fazendo um barulho irritante.

Seus olhos me encaravam sem medo.

— Esse é o seu celular, certo? — balanço o aparelho em minha mão. — Aqui deve ter fotos comprometedoras, que te acusariam facilmente.

— Escuta aqui dona..

— Promotora Howard, dona é a sua mãe!

O rapaz bufa e se ajeita na cadeira, ficando de maneira despojada.

— Eu já disse que ela estava me dando mole, aquele shortinho; ela estava pedindo.

Seu tom risonho fez meu estômago revirar, estava a ponto de por meu almoço para fora.

Ao longo dos meu anos como promotora, eu já havia pegado vários casos como aquele, eles são facilmente manipuláveis e fáceis de enganar.

— Ah, com certeza ela estava pedindo, se usa um shortinho desses... apertado, é óbvio que ela estava implorando — Finjo concordar com o meliante, dando continuidade às atrocidades que ele dizia. — Eu mesma não perdoava.

— É claro que não don.. quero dizer, promotora. Eu fui lá e fiz, ela estava pedindo.

— Ah, você fez?

O desgraçado gargalha se divertindo.

— Óbvio, a garota estava sedenta por mim!

— Ah é! Então você está preso, acabou de confessar o crime — Me levanto da cadeira e chamo os guardas. — Pode levar esse desgraçado, espero que apodreça na cadeia.

Antes de sair o homem olha em meu olhos, me inclino para ficar mais próximo a ele.

— Você é igual a elas, uma cadela!

— Não, meu bem! Eu sou a lei, agora me diz, quem saiu perdendo? — Dou um sorriso de canto, exibindo o meu cinismo. — Leva ele daqui!

Saio da sala me sentindo orgulhosa por mais um trabalho concluído, foram dias atrás daquele estuprador nojento. Noites perdidas de sono, tudo para trazer um pouco de paz para as vítimas. Mas agora eu podia dormir tranquila, por saber que fiz um trabalho bem feito. Eu não era a única promotora de estado, mas posso afirmar que sou uma das melhores.

Obsessão Mortal: O Perigo Mora ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora