Capítulo 16 - Dever e Paixão

22 3 33
                                    

Fodido

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Fodido. Era assim que eu me sentia, por deixar esses malditos sentimentos interferirem no meu trabalho. Eu não conseguia, toda vez que eu encostava a cabeça no travesseiro e me virava para o lado, ela estava lá, dormindo feito um anjo; ao lado da pessoa que foi paga para matá-la, dormindo ao lado do inimigo. Eu não conseguia fazer aquilo, eu nunca falhei em toda a minha vida.

Mas com ela era diferente, não sei explicar, ela trouxe consigo uma onda de sentimentos que eu jamais senti antes. Uma chama que arde toda vez que ela se aproxima de mim, meu coração acelerado, o ar chegava a faltar nos pulmões; as mãos suavam, e a voz falhava. Wendy se tornou a minha falha mortal, e a qualquer momento eu poderia mudar totalmente de ideia e me dedicar a cumprir a missão.

Eu não sabia quando o meu lado ruim iria surgir, mas dentro de mim, eu torcia para que isso não acontecesse. Da mesma forma que eu me sentia envolvido por ela, eu também sentia a necessidade de cumprir o que haviam me passado. Era uma batalha interna, em constante luta para que eu me decidisse logo; ou para me deixar completamente louco.

Aqueles dias que estávamos na Flórida com certeza foram os dias mais complicados entre nós, quase nos beijamos, e isso só serviu para aumentar a tensão entre nós. Wendy mal olhava nos meus olhos, trocamos poucas palavras, e evitávamos ficar no mesmo lugar; e tenho certeza que se ficássemos sozinhos, iria pegar fogo.

Aquela tarde que passamos na praia, foi um dos meus dias favoritos ali na Flórida. Descontrai, deixei os pensamentos ruins de lado e foquei no mar à minha frente; eu realmente estava precisando daquilo. E os momentos divertidos com Wendy foram o ápice, vê-la fora da promotoria era diferente; sem toda aquela pose de mandona e posturada. Fora daquele prédio, ela era apenas uma garota comum, cheia de sonhos e de sorriso fácil.

No momento em que chegamos de volta em casa, e para a surpresa de todos, Luke estava ali com a sua noiva; afirmo que não era apenas Wendy que conhecia Priscila, a nova integrante da família Howard era uma assassina de aluguel, e nós já trabalhamos juntos. Priscila era uma mulher quebrada, muitas vezes fora de si. Nos conhecemos no tempo de escola, no mesmo ano em que ela fez aquela piada ridícula com Wendy.

Tivemos um lance rápido, ficamos umas três vezes, nada sério. Mas no momento em que começamos a trabalhar juntos ela quis investir em um relacionamento que não existia entre nós, eu nunca quis, como eu disse, Priscila era uma bomba relógio humana; ninguém nunca sabia quando ela iria explodir, ela era a mais cruel de todos ali, matava por prazer, gostava de ver suas vítimas implorando por suas vidas.

Eu só não entendia o que ela estava fazendo ali, noiva de Luke, e tão próxima de Wendy. Mas eu sabia que não era nada bom, pois ela veio do mesmo lugar que eu, e estava disposto a descobrir o que ela estava tramando, ou pra quem estava trabalhando. Após conversar com Wendy no quarto, desço as escadas e caminho até a cozinha; Wendy estava nervosa então pensei em fazer um chá para tentar ajudá-la a se acalmar.

Obsessão Mortal: O Perigo Mora ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora