Capítulo 24 - Tudo e Todas as Coisas

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Vazia, era assim que eu me sentia

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Vazia, era assim que eu me sentia. Eu não conseguia sentir nada além de desconfiança e insegurança, cercada por mentiras, e apaixonada por um homem que eu nem fazia ideia de quem era de verdade; uma pessoa que eu mal conhecia, que no fundo poderia sim ser o assassino que eu estava procurando. Minha mente me torturava de todas maneiras; já faz dias que eu estava em uma frenética investigação em busca da verdade.

Desde o depoimento de Megan, minha vida se tornou um turbilhão de emoções. Sinto-me como se estivesse presa em um labirinto, onde cada caminho leva a mais incertezas e dor. Nada parece estar no lugar, e a cada dia a confusão em minha mente e em meu coração só aumenta.

Quando Megan descreveu aquele homem com cabelos escuros até a nuca, uma tatuagem no pescoço e olhos escuros, meu coração disparou. As características batiam com as de Max, e isso me deixou em pânico. Tentei afastar esses pensamentos, me convencer de que era apenas uma coincidência, mas a dúvida persiste, corroendo minha sanidade.

Toda vez que eu deitava a cabeça no travesseiro eu me sentia culpada por talvez, apenas talvez, estar amando a pessoa errada. Mas já era tarde demais, eu precisava provar para mim mesma que valia a pena amar Maxwell; que eu podia amá-lo sem medo, que viver essa paixão não seria um erro. Estava completamente perdida, sem saída. 

Eu queria fugir daquilo, fugir da realidade dolorosa. Então a ideia de ir até o apartamento de Max surgiu na minha cabeça, minha intenção desde começo foi pegar as chaves de sua moto, mas também poderia usar o meu lado investigativo para tentar descobrir alguma coisa. 

Minha mente bagunçada me incomodava a todo instante, e eu acabei encontrando mais do que deveria, e Max como sempre tinha uma resposta. Mexer nas coisas dele foi um impulso desesperado, uma tentativa de encontrar alguma prova, algo que confirmasse ou desmentisse minhas suspeitas. Agora, sinto uma profunda culpa por ter invadido sua privacidade.

Mas junto com a tristeza, a culpa também se instalou. Eu estava obcecada com a ideia de que Max era uma pessoa ruim, talvez envolvida em algo terrível. E nessa busca frenética pela verdade, acabei causando mais danos do que posso reparar. 

Naquela manhã, saí da casa de Max com a cabeça cheia de pensamentos conflitantes. As dúvidas e as suspeitas que surgiram depois do depoimento de Megan me atormentavam. Cada vez mais, sentia que precisava de respostas, mesmo que isso significasse tomar medidas drásticas. Foi por isso que, de maneira impulsiva, peguei as chaves da moto de Max. Eu sabia que ele ficaria furioso, mas naquele momento, não conseguia pensar claramente.

A brisa fresca da manhã bateu no meu rosto quando montei na moto e dei partida. O ronco do motor parecia abafar temporariamente o turbilhão de emoções dentro de mim. Precisava de um pouco de velocidade, um pouco de liberdade para tentar organizar meus pensamentos. Enquanto guiava pelas ruas de Nova York, meu coração batia acelerado, mas não pela adrenalina da velocidade, e sim pela confusão interna.

Obsessão Mortal: O Perigo Mora ao Lado Onde histórias criam vida. Descubra agora