23° - AONDE PENSA QUE VAI?

2.2K 113 19
                                    

Pov: Ghost

Dando um riso fraco eu sentia em sua voz trêmula, que ela estava com medo.
Tenho certeza que Lana não tinha o costume nem de matar baratas.

Depois de certificar que aquela chave enferrujada do guarda-roupas havia trancado bem às pequenas portas, eu fui em direção a Lana que estava na janela do quarto olhando o dia que já amanheceria em poucas horas.

O vento batia sobre seu cabelo é parecia que cairia um temporal a qualquer momento.

Tirando um cigarro eu levanto a balaclava para fumar.

— Por que você me chamou de amor? - ela pergunta, o silêncio dela não me perturbava em nada, quanto quando ela começava a fazer perguntas inesperadas.

Me engasgar com cigarro era a coisa mais ridícula que um ser humano fumante ativo podia fazer.

— Eu não chamei - eu falo tragando do cigarro.
Ela da uma risadinha balanceando com a cabeça cruzando suas mãos juntas, ela me dá uma olhada rápida até que pudesse olhar para o horizonte novamente.

— Ah... ok então! Será que todos os homens são assim ou é só você? - ela pergunta aceitando o cigarro que eu levei em direção a sua mão.
— Eu não entendi o que você quiser me perguntar agora - eu falo enquanto a via tragar do cigarro.
— Você não pode nem assumir o que você me falou, prefere fingir que não foi dito nada - ela diz em seguida puxando a fumaça mais uma vez.

— Não quero te magoar Lana com falsas palavras. Se falei aquilo talvez tenha sido pela emoção - eu falo.
Pela olhada feia que ela me dera eu certamente havia dito alguma merda.

— Você me magoa mais por dizer isso agora. Quer dizer então que sou uma emoção? E quando tudo isso acabar amanhã? - ela murmura apagando o cigarro no pequeno cinzeiro do pilar.

— Não sei me expressar direito Lana, mas o fato de eu querer te tirar daqui à todo custo, eu acho que já mostra que você não é uma emoção, nós vamos ser para sempre - eu falo me desencostando da janela.

Ela sorri mais uma vez sem resposta e eu realmente gostava disso. Eu não sabia se era bom ou mal sinal, mas eu gostava de tirar sorrisos espontâneos dela.

Era por volta de quase 06:20 am quando eu me preparava para sair da ilha.
Lana pegou um travesseiro e o edredom e foi para sala, segundo ela com suas próprias palavras "nem a pau" ela dormiria no mesmo quarto que aquela morta, foi engraçado.

Desta vez antes de sair ela segurou meu braço e me puxou para me abraçar, por mais que eu gostasse muito nossa altura não era favorável para abraços, eu sempre precisava me abaixar mais para conseguir chegar a sua altura. Ela me beijou e disse que estava com um sentimento ruim.

Eu expliquei para ela que nesta noite tentaríamos sair dali, perguntei se ela lembrava de todas às coordenadas que eu havia passado e se havia ficado alguma dúvida. Ela apenas falou que havia entendido tudo.

Esperava que desse tudo certo, pois caso não desse nossa história que nem havia tido tempo de começar, acabaria por aqui.

______________________


Cheguei na sede militar König e Horangi estavam jogando cartas.

— Todas às vezes que te vejo fico feliz agora - Horangi diz debochado.
— Muito engraçado Horangi. Bom, você pode ir descansar seu turno já acabou tem quinze minutos não? - eu falo enquanto me servia um copo com whisky.
— Vai beber as 07:00 am ? - Horangi diz ficando ao meu lado.
— Não tem horário para beber quando se está se encontrando com a morte todos os dias - eu murmuro dando um gole do whisky.

Me virando para frente da mesa fico com meu corpo encostado no balcão deixando meu copo sobre ele para acender um cigarro.

— E como foi por lá hoje? - Horangi pergunta.
König estava olhando seu tablet sem dar o mínimo interesse de participar da conversa.
— Tudo a mesma coisa. Vai descansar Horangi - eu falo insistindo.
Horangi estava realmente cansado dava de perceber em suas expressões e seus pés arrastando.

Ele apenas balanceia a cabeça concordando.
Após Horangi sair, König deixou sobre a mesa o tablet cruzando as mãos para ficar me encarando como uma psicopata sem fala mínimas se quer palavras.

— O que foi? - eu pergunto dando o último gole de whisky.
— O que caralho aconteceu lá para te deixar tenso desse jeito? - ele me pergunta.
Colocando o copo sobre a mesa eu pego a garrafa me sentando na cadeira que Horangi estava.

— Uma execução - eu falo enquanto coloco whisky em meu copo.
König bateu sobre a mesa com seu punho fechado.

— Porra! - König murmura, e antes que ele pudesse continuar o interrompo.
— Foi necessário. Agora não preciso de julgamento, preciso de ajuda e quero saber se posso contar com você - eu falo olhando para ele.

— Espero que seu plano seja bom - ele diz debochado cruzando seus braços.

Meu plano basicamente era sair durante a madrugada, eu precisava que ele ficasse de apoio a 8 km de distância da ilha para que pudéssemos abandonar os carros na estrada. Basicamente precisava que ele fosse nosso resgate.

— Ok irmão deixa eu vê se entendi... preciso ficar a tudo isso de distância? Aonde você está com seu juízo que há 8km eu vou poder ajudar em alguma coisa? A menos de 1 km já é o suficiente para ambos de vocês virarem uma peneira -König fala indignado.

— Você entendeu perfeitamente bem, não vale a pena você se arriscar tanto. Você sabe que depois disso eu vou perder o meu cargo aqui dentro - falo dando uma respirada pesada.

Estava cansado precisava resolver isso logo e ainda teria a operação de resgate de todos que estava prevista a data, também pelo que eu notei no computador aberto que Horangi deixou.
König balanceando sua cabeça sem dizer muitas palavras apenas direcionou sua mão aberta em minha direção.

— Conte comigo parceiro! - ele diz rouco.
Apertando nossas mãos foi a forma mais simples que encontrei de agradecer a este pequeno sacrifício que ele estava fazendo.
Pois seu cargo também corria risco a partir de agora.
Todas às decisões tomadas deveriam passar primeiro por Price. Mas desta vez não e ali dentro eu sabia que o único que teria raça para passar por cima do sistema era König.

Naquela manhã eu esclareci todo o plano em detalhes, contei sobre Claudia em todos os possíveis detalhes.
König não desperdiçou a chance de tirar com minha cara em relação a Lana.

Eu falei para ele que um dia ele seria tão tolo como eu estava sendo e quando esse dia chegasse eu gostaria de estar com vida para apreciar de perto a derrota da sua pose de soldado indo embora.

______________________

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

______________________

Continua...

Me possua | Ghost - COD | Dark Romance +18Onde histórias criam vida. Descubra agora