Me possua | Ghost - COD | Dark Romance +18

36° - ABUSOS

Ao sair da base militar eu agradeci por não ter dado de frente com König por alguns desses corredores. Por mais que nós dois sabíamos o tanto que Laura era traiçoeira e não podia ser fiel nem mesmo a um animal de estimação, eu não queria que ele soubesse disso.

Nós três tivemos algumas vezes num passado distante relações sexuais com ela, para mim nunca foi nada grandes coisa.

Laura foi a primeira mulher de König, ambos de nós éramos muito jovens eu inclusive alguns anos mais jovem que König.
Ele sempre foi muito tímido em todos os sentidos, talvez por isso Lana o acha esquisito devo concordar.

König chegou a me contar que seu lance com Laura começou em base de ameaças, ele fumava cigarros escondido de seus familiares, ela usou isso como forma de conseguir tudo o que queria dele. Quando descobriu que sua família era muito controladora e sistemática.
E foi aí que começaram os abusos, pode ser um tanto cômico pensar que um homem do seu tamanho dizer que foi abusado enquanto adolescente, sim, mas realmente eram abusos, na grande maioria das vezes König não queria fazer o que ela o obrigava a fazer.

Nós tivemos muitos encontros com prostitutas no decorrer de nossa amizade e parceria de farda, mas eu nunca o vi olhar para alguém com interesse sentimental e afetivo.

Laura ensinou para ele que o corpo é apenas um corpo e que não se deve misturar amor com sexo, pois o amor não existe.

Talvez seja por isso que König ser tão fechado como é, além de crescer dentro dos campos de batalha ele perdeu sua família ainda muito cedo.
Laura de alguma maneira consegue mexer com ele pois por mais que não o vejo demonstrar absolutamente nada por ela, no fundo hoje eu percebo que apesar deste envolvimento totalmente errado ele guarda sentimentos a sete chaves por ela.
Sejam esses de Amor ou Ódio.

••••

Dirigindo para casa eu passei em frente à uma loja de eletrônicos. Eu achei interessante parar nesta loja e procurar um celular para que Lana pudesse se comunicar com seus pais até que tudo isso terminasse.

Voltei para casa pensando no tanto que eu poderia estar sendo tolo por pensar tanto no bem estar de uma pessoa que eu também considero que começamos tudo de maneira errada.

Quais as chances de darmos certo? Nenhuma, mas eu estava disposto a aproveitar o momento independente se ele durasse uma vida inteira, alguns meses ou semanas.
Sua mãe me daria muito trabalho e isso era visto.

Girando a maçaneta da cozinha eu entro para dentro encontrando Lana envolta do fogão junto com Betty às duas estavam dando risadas e conversando alto, até inclusive ao lado de fora dava a impressão de que tinha mais pessoas lá dentro junto com elas, mas não, era apenas elas e suas vozes altas e risos estridentes.

— Oii - ela diz ao me ver passar em volta do balcão deixando a sacola que eu trazia em cima.
Suas mãos se apoiam em meu rosto levantando gentiamente minha balaclava elevando a pontas de seus pés para me beijar enquanto minhas mãos seguravam sua cintura.

— E aí... esta cozinhando? - pergunto um pouco tímido com Betty que parou para ver toda a cena inesperada de sua recepção.
— Sim... pode parecer que não sei fazer nada, mas eu sei fazer algumas coisas que ficam quase bom - ela diz sorrindo afastando-se em um passo para trás.
— Bobagem, não seja modesta - Betty diz sorrindo se virando para ir até a geladeira.
— Eu acredito. Na verdade acho que você deve fazer deliciosos miojos - falo debochado.
Ela me dá um tapinha leve no ombro.

— Você ficará surpreso - Betty murmura colocando uma travessa da geladeira em cima da pia.
— Viu? - Lana diz indicando com o dedo polegar por cima de seus ombros para Betty — Como foi lá? - ela pergunta dando uma respirada fundo.