ATENÇÃO: Esta obra é uma ficção baseada em VOZES DA MINHA CABEÇA, inspiradas por mitologias e crenças sem vínculo verídico religioso.
Entretanto, contudo, porém, todavia(rsrs), é uma história com forte apego aos princípios cristãos. Não possui hot...
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Terminando de se alimentar de mais um espírito animal, o Góin estava quase em sua forma original antes de ser condenado ao vazio. Ainda assim sentia algo faltando, mas o que faltava seria impossível de conseguir: um corpo físico. Sua inteligência também havia retornado e a extrema fome já não incomodava mais embora não estava satisfeito, como nunca estivera no mundo mortal. Suas memórias aos poucos iam retornando ao mesmo tempo que sentimentos também retornavam como a lembrança de sua impiedosa mãe, o pai que o abandonou ainda criança, as outras crianças que lhe jogavam pedras e o zombavam por ser diferente; os mais velhos que o chamavam de demônio. Se sentia muito injustiçado afinal ele não pediu para nascer daquele jeito. Então, quando tornou-se adulto, veio a fome. Não adiantava comer legumes, ovos, carnes de todos os tipos e nem em grandes quantidades. Ele sempre estava com fome. Um dia em seu surto compulsivo alimentar ele provou da carne humana de um indivíduo que o provocava há muito tempo. Percebeu que se saciou mais do que a comida comum e foi nesse dia que tudo mudou. As pessoas passaram a temê-lo, passaram até a reverenciá-lo, pois além de se tornar Rei, nomeado pela própria cidade, também ficou conhecido como um deus em culturas de outros povos.
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A notícia do grande homem com força sobre-humana correu por tantos lugares que logo ele descobriu outros seres exatamente como ele. Os Góins, como eram chamados, se juntaram. Eram homens e mulheres gigantes que começaram a casar entre si e proliferaram pela Terra. Todos eles tinham a altura exagerada, que faziam os homens comuns se sentirem como gafanhotos, e a fome insaciável em comum. Também eram conhecidos como seres impiedosos, traiçoeiros, cobiçosos, de grande desejo por prazeres carnais e de extrema ambição. Por causa de sua fama, se acharam no direito de exigir sacrifícios humanos para se alimentarem e as pessoas comuns, com medo, ofereciam aqueles marginalizados em sua sociedade, crianças malformadas no ventre, mulheres inférteis e homens que se tornavam inválidos. Os Góins dominaram por séculos uma grande extensão do mundo mortal e causaram o maior desequilíbrio espiritual e físico conhecido até os dias atuais, embora sua existência tenha se tornado meramente um conto de fadas para os mortais.
Ogue era o seu nome. Não era o maior dos Góins, mas media 4 metros de altura e foi temido por muitas gerações, já que eles viviam muitos mais do que os humanos. Ele sozinho afundou cidades inteiras em nome de sua guerra por território. Espalhou sua semente de maneira cruel e abusiva em mulheres comuns e "mulheres góin". Ele pensava que toda sua miséria de vida justificava seus atos e novamente ali naquele reino espiritual ele se sentia no direito de praticar qualquer abuso usando seu próprio poder.
