cap 26

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Ryle on

Anos antes...

Marcos me adotou quando eu tinha 10 anos, ele e a mulher dele não podiam ter filhos por ela ser infértil. Eles me criaram como um filho mesmo deles e eu aceitei eles como meus pais, não havia brigas comigo e nem gritos, eles me criaram com amor e educação.

Helena sempre foi um amor comigo, ela nunca deixou faltar nada pra mim e me matriculou em uma das melhores escolas daqui. Ela passa o dia inteiro comigo quando eu voltava da escola, os fins de semana eram incríveis com ela; Íamos pra praia e pro parque de diversões, ela fazia tudo parecer incrível e eu adorava isso.

Quando eu fiz 15 anos... Eu estava na escola quando a diretora entrou na sala que eu estava e disse que me pai tinha ligado e estava mandando eu ir pra casa com urgência. Me lembro que sai da sala correndo e o motorista estava me esperando do lado de fora; da escola até minha casa naquela época era cerca de uns 50 minutos, chegamos em minha casa menos de 20 minutos.

Sai do carro correndo e entrei em casa, Marcos estava sentado no sofá virando uma garrafa de whisky no gargalo e eu fiquei sem entender isso, cheguei perto dele e o encarei.

Ryle: O que aconteceu? *Falo ofegante*

Ele me olhou e eu percebi que ele estava chorando a algumas horas, ele voltou olhar pra garrafa e virou ela de novo.

Ryle: Pai, o que aconteceu!??

Marcos: Helena sofreu um acidente e acabou não resistindo...

Meu mundo caiu por inteiro, não sabia oque falar ou como reagir, eu estava em choque com isso...

Marcos: Eu estava no trabalho quando me ligaram, quando a ambulância chegou lá era tarde demais... *Ele me olha* Eu sinto muito, Ryle.

No dia seguinte foi o enterro dela e eu não tive coragem de ir, passei o dia inteiro trancado no quarto chorando. Eu perdi minha mãe e não sabia o que fazer pra cobrir o vazio que eu estava sentindo, foi quando meu celular tocou e era o Henri me ligando avisando que estava na porta da minha casa me esperando pra dar uma volta.

Fomos pra um bar no final da rua e foi desse dia em diante que aprendi a beber, conheci pessoas esse dia e conheci algumas mulheres também, aprendi a descontar as coisas que me afeta na bebida e no cigarro. Foi assim por uns dois anos e logo parei, foi difícil , mas consegui largar o vício; Marcos estava seguindo a vida dele, as vezes eu passava de frente ao escritório dele e via a porta um pouco aberta e eu olhava, eu via ele olhando pra um quadro da Helena chorando.

As vezes eu pensava em entrar e falar alguma coisa pra ele, mas eu não tinha coragem de fazer isso, então eu só fechava a porta e seguia meu caminho. Ele ficou sem chão dês da morte da Helena, a gente não conversava muito dês desse dia, lembro que a gente voltou a ficar próximos depois da minha formatura no ensino médio.

Mas quando eu fiz 22 anos, as coisas já estavam tudo melhor e meu pai tinha conhecido uma mulher chamada Luísa, ela até veio no meu aniversário pra me conhecer ela. Depois desse dia, eu vi meu pai voltando a ser feliz com ela, ela estava fazendo bem a ele e eu não queria atrapalhar isso...

Agora...

Eu respirei fundo e contei um resumo pra ela do que aconteceu, do dia que me adotaram, do dia que recebi a notificação que a Helena tinha falecido, de como eu comecei a beber e de como Marcos conheceu a mãe dela. Ela estava me olhando em choque, como se não tivesse acreditando em mim.

Ryle: Fala alguma coisa, por favor...

S/n: Eu... Eu não sei oque te fala... *Viro o restante do vinho em minha taça*

Em suas mãos +18Onde histórias criam vida. Descubra agora