Emoções De Uma Alma Perdida

24: A Solitária Escritora

Cansei de ver casais, de ver o amor ao redor, 
De sentir que sou a única sem ninguém, sem calor. 
Não sou amada, não sou desejada, não sou vista, 
Acredite, caro leitor, nunca fui o amor de alguém, nunca fui uma conquista.

Vejo mãos entrelaçadas, sorrisos compartilhados, 
E me pergunto por que estou sempre sozinha, sempre abandonada. 
Não há olhares que me procuram, que me desejam, 
Apenas um vazio constante, uma ausência que me consome.

Cada dia é uma luta contra a solidão, 
Uma batalha silenciosa, uma incessante interrogação. 
Por que não sou digna do amor que vejo ao redor? 
Por que minha vida é marcada por este eterno clamor?

Mas essa escritora, com sua caneta e tristeza, 
Está destinada a talvez aceitar essa frieza. 
É um destino raro, uma jornada solitária, 
Mas para aqueles que conhecem essa dor, eu compreendo a batalha diária.

Sentir-se lisonjeado não é fácil, eu sei, 
Quando o coração anseia por um amor que nunca veio. 
Mas nesta solidão, há uma força oculta, uma aceitação, 
Uma conexão silenciosa, uma dolorosa comunhão.

Para vocês, que conhecem essa dor, 
Que nunca foram vistos, que nunca sentiram o calor do amor. 
Saibam que não estão sozinhos, que há um lugar, 
Onde a solidão é entendida, onde a tristeza pode se libertar.

Cansei de ver casais, de ver o amor ao redor, 
Mas encontrei na escrita um consolo, um refúgio para a dor. 
E embora nunca tenha sido vista como o amor de alguém, 
Aceito minha solidão, como uma velha amiga, que vem e vai, também.

com minhas palavras e meu coração partido,  eu me isolo.
Escrevendo sobre a solidão, sobre o amor não correspondido. 
E se algum dia, caro leitor, você se sentir assim, 
Lembre-se que há uma escritora que entende, que sente, que chora até o fim.

Cada letra, cada verso, é um pedaço da minha alma, 
Uma tentativa de encontrar paz, uma tentativa de acalmar a minha alma. 
E mesmo que a solidão seja minha eterna companheira, 
Escrevo para você, que também conhece essa dor verdadeira.