28: Minha Dor

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Estou me sentindo bem triste, um vazio imenso,

Cercada por pessoas, mas meu mundo é denso.

Minha vontade é de chorar, lágrimas por completo,

Raiva e dor se misturam, num mar sem teto.

Raiva de não ser escolhida, sempre à margem,

Vendo outros sorrirem, enquanto minha dor se alarga.

Voltou tudo de novo, a insegurança cruel,

A depressão e a ansiedade, meu inferno pessoal.

Estou voltando a me odiar, cada vez mais forte,

O espelho reflete um ser que prefere a morte.

As memórias se acumulam, pesadelos constantes,

Me afundando mais fundo em pensamentos distantes.

As vozes ao meu redor são ruídos vazios,

Promessas de conforto que soam como desafios.

Cada risada, cada conversa, uma faca afiada,

Cortando meu coração, deixando a alma marcada.

Queria gritar, rasgar a pele, a dor liberar,

Mas sou prisioneira deste corpo, sem poder escapar.

A solidão se esgueira, uma sombra traiçoeira,

Envolvendo-me em seus braços, numa dança derradeira.

Olho para os rostos felizes, inveja queimando,

Enquanto meu coração se despedaça, pulsando.

A raiva fervilha, uma lava interna,

Por não ser suficiente, por não ser eterna.

A insegurança me corrói, um veneno lento,

Sussurrando mentiras, roubando meu alento.

Cada falha, cada erro, uma marca profunda,

Cravada na carne, uma dor que não afunda.

A depressão é um manto que pesa e sufoca,

Arrastando-me para baixo, numa espiral louca.

A ansiedade é uma corrente, apertando meu peito,

Tirando meu ar, minha paz, meu jeito.

Estou me odiando mais a cada dia que passa,

Vendo apenas escuridão, sem nenhuma graça.

O desejo de ser amada é um sonho distante,

Um eco de esperança, que se perde, vacilante.

Queria sentir o calor de um abraço sincero,

Mas encontro apenas frieza, um vazio austero.

A dor de não ser vista, de não ser querida,

É uma lâmina afiada, uma ferida não curada.

Estou cansada de fingir que está tudo bem,

De usar máscaras de felicidade, quando só sinto desdém.

A solidão é minha única companheira fiel,

Num mundo de sombras, onde o amor é cruel.

A cada dia que passa, a escuridão me consome,

Levando pedaços de mim, apagando meu nome.

Estou perdida em um mar de tristeza e raiva,

Navegando sem rumo, numa tempestade sem calma.

O ódio por mim mesma cresce sem parar,

Uma chama infernal que nunca vai cessar.

Queria ser diferente, queria ser alguém,

Mas estou presa em um ciclo que só traz desdém.

Assim, sigo meu caminho, um passo de cada vez,

Carregando um fardo de dores, sem talvez.

A esperança morreu, a felicidade é um mito,

E tudo o que resta é este grito inaudito

Emoções De Uma Alma Perdida Onde histórias criam vida. Descubra agora