Emoções De Uma Alma Perdida

26: Reflexões sobre a Morte

Já parei para pensar sobre a morte? Acredito que sim, 
Para mim, é um medo constante, às vezes não, um temor sem fim. 
O que vai acontecer quando finalmente a gente morrer? 
Vamos ver algo, sentir, ou até mesmo... ouvir?

Será que haverá um tipo de reencarnação, 
Coisas que a ciência nunca dirá, sem explicação? 
Parei para pensar e vi que não serei jovem para sempre, 
Vou envelhecer, assim como uma maçaneta que enferruja, 
Quando a casa é abandonada, quando tudo se desarranja.

Toda vez que vou deitar, sair, ou estou rodeada de pessoas, 
O pensamento sobre a morte paira sobre mim, implacável, dolorosa. 
Se existisse imortalidade, seríamos lindos para sempre, 
Mas poucos de nós aceitariam, um preço que muitos temem.

Infelizmente, morrer é algo impossível de evitar, 
A morte é necessária para o início de um novo ciclo, um recomeçar. 
Ainda assim, o medo da morte persiste, 
Uma sombra constante, uma presença que nunca desiste.

É estranho pensar no fim, no desconhecido, 
No momento em que tudo se apaga, o tempo perdido. 
Seremos lembranças, memórias que se esvaem, 
Ou simplesmente nada, um vazio onde não há quem.

A vida é uma jornada, com um destino certo, 
Cada passo nos aproxima do nosso ponto de descanso, do deserto. 
E nesse caminho, o medo da morte é nosso companheiro, 
Um lembrete constante de que somos efêmeros, passageiros.

Os dias passam, e eu me pergunto: 
O que há além desse horizonte, nesse abismo profundo? 
Será que sentiremos paz, ou apenas o vazio? 
Seremos recebidos por algo ou por ninguém, um silêncio frio?

O tempo é implacável, não espera por ninguém, 
E enquanto vivemos, a morte se aproxima, sem avisar, sem dizer amém. 
Cada ruga, cada marca no rosto, 
É um lembrete da finitude, do nosso lugar neste posto.

Há um terror silencioso no desconhecido, 
Uma ansiedade constante, um medo reprimido. 
E mesmo sabendo que a morte é parte da vida, 
A ideia de desaparecer me deixa perdida.

Talvez um dia encontre respostas, 
Mas até lá, vivo com o medo, com as perguntas impostas. 
A morte é um mistério que todos enfrentaremos, 
E enquanto isso, com esse medo convivemos.

O fim virá, inevitável, implacável, 
E nesse momento, seremos apenas um suspiro final, incontrolável. 
Até lá, continuarei pensando, refletindo, temendo, 
E vivendo cada dia com a incerteza que nos acompanha, nos corroendo.

A morte, uma certeza que nos apavora, 
E no fim, só nos resta esperar a hora. 
Entre medo e resignação, seguimos nosso caminho, 
Sabendo que um dia, todos nós  enfrentaremos nossos destinos sozinhos.