Emoções De Uma Alma Perdida

37: O Peso da Névoa

Aquela pontada no peito, novamente,
Como uma lâmina afiada, inesperada,
A dor que eu pensei ter deixado para trás
Retorna, fria e silenciosa, me sufocando.

Já pensou na morte? Eu já.
Desde os 15, esses pensamentos invadiram
Uma mente jovem demais para tal escuridão,
E, no entanto, lá estavam, como sombras persistentes, agora eu tenho 17 mas...

Por que uma "criança" temeria o desconhecido?
Mas eu temia. O medo de fechar os olhos,
De perder todos que amo, de mergulhar
No vazio, onde nada mais existiria.

Agora, a ansiedade me atormenta,
Inquieta, me revirando na cama,
O desespero se infiltra na minha alma,
E o silêncio ao redor ecoa a solidão.

Ninguém entende, todos riem,
Acham tolos esses pensamentos sombrios,
E eu, sem voz, os guardo para mim,
Para evitar o peso do julgamento alheio.

Mas o pensamento da morte permanece,
Como uma névoa densa em uma floresta perdida,
Assustadora e opressora, sempre presente,
Mesmo quando fecho os olhos, tentando esquecer.

Me perco dentro de mim,tentando, mesmo que seja difícil, encontrar uma maneira de não ter tal medo.
Nessa névoa, nesse labirinto sem saída,
Onde a dor e o medo dançam juntos,
E a única luz parece tão distante, inalcançável.

Talvez seja melhor guardar tudo,
Carregar o fardo em silêncio,
Enquanto a escuridão me abraça
E o eco de meus pensamentos se torna meu único companheiro.
Eu só não queria sentir medo....