Emoções De Uma Alma Perdida

46: Se foi é Não Volta

Nos ecos de um passado que não se apaga,
Percebo agora o valor do que foi, do que deixei escapar.
Você era a luz em minhas trevas, o calor em meu inverno,
Mas só vejo sua importância quando tudo parece desmoronar.

Em nossas conversas, os sinais estavam claros,
Mas eu, cega na familiaridade, não vi o que realmente importava.
Agora, a ausência é um grito em meu peito, um vazio que não consigo preencher,
E a dor de não ter valorizado o que tinha é uma sombra constante.

Cada lembrança sua é um lembrete cruel,
De que o tempo não perdoa e o arrependimento pesa.
Eu me vejo desejando um retorno, uma chance para corrigir,
Mas o que é perdido não pode ser recuperado, não importa o quanto eu implore.

O desejo de ser mais do que um amigo, de ser seu tudo,
É uma chama que arde intensamente agora que você se foi.
E cada tentativa de reatar é um grito desesperado,
Um esforço para reescrever o que o tempo apagou.

Eu carrego o peso da percepção tardia,
De que só percebi seu verdadeiro valor quando já era tarde demais.
O lamento é uma constante, uma dor que não se dissipa,
E o reflexo de sua ausência é um espelho cruel da minha própria falha.

O conflito interno é uma batalha sem fim,
Entre o desejo de recuperar o que foi e a realidade do agora.
Eu me vejo lutando contra minhas próprias escolhas,
Buscando escapar da dor que eu mesma causei.

As noites são longas, marcadas pela lembrança do que foi,
E os dias são preenchidos com a angústia de saber que não posso voltar.
O desejo de reafirmação, de uma chance para corrigir o que errei,
É uma dor profunda, uma esperança que se desfez no vento.

Me sinto assombrada pelo peso do arrependimento,
Buscando entender a verdade que não enxerguei.
Porque o que foi se perdeu, e o desejo de reviver é uma chama que queima,
Em um coração que aprende, tarde demais, o verdadeiro valor do que teve.