32: O Lento Adeus

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Caro leitor, aqui estou, tentando aprender
A difícil arte de deixar quem amo ir, de compreender.
Por mais complexo que seja, estou me adaptando
A esse detalhe cruel, esse adeus constante.

Para quem pensa que escrevo apenas por escrever,
Saiba que em cada verso, minha alma deixo ver.
Meus poemas são confissões, sentimentos nus,
Consentimentos, arrependimentos, com todas as minhas virtudes.

Amar e deixar ir, uma lição a se aprender,
Aceitar que quem amamos pode não mais nos querer.
É uma dor silenciosa, um vazio que consome,
Mas a liberdade do outro é um ato de nobreza enorme.

A cada linha escrita, um pedaço de mim se vai,
Em cada estrofe, um suspiro, um lamento que cai.
Eu derramo meu coração em tinta e papel,
Tentando aceitar, deixar ir, viver nesse pequeno momento cruel.

Amar é permitir que o outro seja livre,
Mesmo que isso signifique vê-lo partir,
É aceitar que o amor não é posse, não é prisão,
Mas sim deixar o outro seguir, encontrar sua direção.

Eu o amo, caro leitor, com todo o meu ser,
E sei que o amor verdadeiro é também deixar de ter.
Deixar ir é um ato de amor, mesmo que doa,
Aceitar o passado, abraçar o agora e desejar a melhora.

Meus poemas são reflexos da minha alma em desespero,
Mas também são sinais de que estou me recuperando, mesmo que seja lento.
Aprender a deixar ir é um processo lento e doloroso, de fato,
Mas é necessário.

Por fim, eu digo, com um nó na garganta,
Eu o amo, mesmo que isso me quebre, me espanta.
Deixá-lo no passado é um sacrifício, uma escolha complicada até,
Mas o faço por amor, uma decisão que me atordoa.

E assim, caro leitor, continuo a escrever,
Com meu coração exposto, tentando entender.
Que amar é também saber quando deixar ir,
E aceitar que a liberdade do outro é um ato de permitir.

Então, que meus versos carreguem esta lição,
E que ao aprender a deixar ir, encontro paz,
Nesta pequena dimensão.

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