Emoções De Uma Alma Perdida

25: A Mente nas Nuvens

Sabe, ultimamente ando com a mente nas nuvens, 
Ando muito pensativa, perdida em pensamentos profundos. 
A dor de nunca ser amada realmente me afetou, 
Ao ponto de não sentir absolutamente nada, nem sequer a dor.

Parei de me importar com tudo, com todos, 
Até mesmo com minha família, que um dia foi meu porto seguro. 
Deixei de acreditar nas coisas novas, como amor e felicidade, 
Vivo na arrogância agora, em uma amarga realidade.

Estou rude e séria, uma sombra do que fui, 
Seguindo minha vida até onde o vento me leva, sem um guia, sem uma luz. 
A alegria que outrora me animava, se dissipou, 
E agora, no vazio, é onde meu coração repousou.

Cada dia é um eco do anterior, sem cor, sem brilho, 
A esperança que uma vez tive, agora é apenas um vestígio. 
Olho para o mundo com olhos frios, indiferentes, 
O amor, uma ilusão, uma mentira que não mais me convence.

Lembro-me de sonhos que um dia nutri, 
De momentos em que acreditei que poderia ser feliz. 
Mas a realidade me trouxe de volta, com uma dura lição, 
Que o amor, para mim, é apenas uma miragem, uma cruel ficção.

Sigo minha vida, deixo-me levar pelo vento, 
Sem planos, sem expectativas, apenas vivendo o momento. 
A vida é um sopro, frágil e breve, 
E eu, uma alma perdida, que pela dor, não mais se atreve.

Tenho medo, sim, um medo profundo, 
Mas é um medo que guardo, que escondo do mundo. 
Vou deixando minha marca, em silêncio, em tristeza, 
Vivendo uma vida sem amor, sem fé, sem certeza.

Cada passo é um ato de sobrevivência, 
Cada respiração, uma batalha contra a indiferença. 
E embora pareça que não sinto, que não me importo, 
Há um grito silencioso, um lamento em meu coração morto.

Não espero mais por milagres, nem por redenção, 
Aceitei a frieza da vida, a solidão como condição. 
E assim sigo, firme em minha arrogância, 
Sem ilusões, sem esperanças, apenas a fria constância.