7: Inseguranças do corpo

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Cada curva, cada dobra, um fardo a carregar,
Em um corpo que não se encaixa, que não pode amar.
Olho-me no espelho e vejo o reflexo da minha dor,
As curvas cheias e gordas, as dobras desconfortáveis, sem valor.

Cada centímetro da minha pele é uma cicatriz,
Marcas de uma batalha perdida, de um caminho infeliz.
As roupas apertadas, os olhares de desdém,
Me afogam em um mar de insegurança, sem refém.

As revistas e as telas mostram corpos perfeitos,
Enquanto eu me afogo na minha própria decepção, sem efeitos.
Por que não posso ser como eles, esbeltos e esguios?
Por que meu corpo é uma prisão, um labirinto de desafios?

Cada vez que me olho no espelho, é uma luta,
Contra a voz dentro de mim, que grita, que se disputa.
As lágrimas escorrem pelo meu rosto, como chuva,
Enquanto a tristeza me consome, me deixa nua.

Nenhuma dieta, nenhum exercício pode mudar,
A forma do meu corpo, o jeito de me aceitar.
Estou presa nesta pele que não me pertence,
Em um corpo que me aprisiona, que me atormenta, que me sente.

Agora estou eu em frente ao espelho sincero, encolhida na escuridão da minha alma machada,
Afogada na minha própria insegurança, sem direção.
Cada curva e cada dobra, uma lembrança cruel,
De que meu corpo é uma prisão, uma cela de papel.

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