Ah! Troco de loucos, corações trocando rosas e socos.

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*****POV. KARA*****


Os quinze minutos que o Uber levou para chegar no elegante prédio, onde ficava os escritórios da Construtora, serviram para que Kara tentasse se vestir de uma aparente calma. Quando a secretária os anunciou, percebeu que tinha tentado em vão.

Face a face com Lena, constatou que ela continuava esbelta e arrogante, como sempre. Seu bronzeado parecia bastante recente, deixando sua pele pálida um tanto quanto temperada ainda mais bonita. Uma mulher para destruir corações, como já devia saber.

No alto de seus, quase um metro e oitenta de altura, usava um discreto e elegante terninho azul escuro, com a blusa da mesma cor e, parecia bem disposta. Não mudara nem um pouco. Não apenas na bela aparência, mas na aura de poder. Os cabelos continuavam negros, mas agora estavam um pouco curtos, num corte bastante moderno. As mechas mais compridas nas laterais, cobriam-lhe as orelhas e, decididamente, tornavam seus olhos verdes como pérolas, ainda mais misteriosos, e a boca de lábios carnudos e bem desenhados, continuavam tentadores. A boca mais sensual que já beijara.

Kara teve vontade de soca-la, tamanha era sua emoção em revê-la e, ao mesmo tempo, lembrar de sua traição

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Kara teve vontade de soca-la, tamanha era sua emoção em revê-la e, ao mesmo tempo, lembrar de sua traição. Será que ela pensava que ela, Kara, nada sabia sobre Andréa? Achava mesmo que Imra manteria segredo sobre a viagem que fizera à National City para visitar a ex-namorada infeliz? Bem, provavelmente, Lena sabia disso tudo e, agora, depois de tanto tempo, não valeria a pena discutir sobre isso. Afinal, não era para isso que estava ali....

Sentia o sangue ferver nas veias, numa mistura de tesão e ódio. Ódio de si mesma por ainda ficar tão perturbada na presença de Lena.

Quando seus olhares, de fato, se cruzaram por sobre a pesada mesa de madeira, o silêncio se impôs.

O advogado e padrinho de Lena, Dr. Tales Vergueiro, estava lá, mas Kara se recusou a fita-lo. Barry Allen ficou em pé, em algum lugar atrás dela, silencioso como um túmulo.

Lena não fez um único movimento para cumprimentá-la.

" Bem... isso diz tudo!" - pensou Kara com frieza. A família dela conseguira, enfim, torná-la um deles.

***POV. LENA***

Só por vê-la adentrando a sala de reuniões em seu andar provocante de pernas sensacionais, Lena sentiu-se paralizada pela força do desejo que a invadiu. Não sabia como, mas ela estava mais linda que nunca, se é que isso era possível. Seus olhos azuis continuavam desafiadores e seu cabelo parecia trazer o sol. O mesmo sol que invadia suas entranhas, fazendo-a sentir uma vontade dolorida de morder-lhe os lábios cheios e, dolorosamente, sexy.

Quatro anos... por 4 longos anos aquela mulher vivera em seu interior como uma dor leve, porém persistente. Lena havia decidido não ter nenhum outro relacionamento mais sério, enquanto não se livrasse daquela dor. Por isso, não se conformava com o fato de Kara ter trazido sua namorada, junto. Será que não conseguia passar dois dias longe daquela loira de farmácia? E, será que aquela loira "fatal" a satisfazia, a ponto de faze-la tremer da cabeça aos pés, quando alcançava o êxtase?

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