Que só amando, teremos forças para superá-los!

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***POV. Lena***

- Do que Kara estava falando, Lena?

- Acho que não sou a única ciumenta por aqui, Eliza! Ela não sabe o que está dizendo. – Lena olhou, com doçura, para a bondosa mulher.

- Fale-me a verdade. Andréa é sua atual namorada?

Atual? Ela ponderou a palavra enquanto ouvia um som familiar de uma porta se abrindo em algum lugar da casa.

- Onde está Andréa, Eliza? - perguntou

- Foi embora assim que a bagagem chegou. Não ouviu o carro dela se afastando?

Não! Ela estava ocupada demais brigando com sua feiticeira.

- Eliza.... - disse ela, tomando uma decisão. - ... você pode não gostar do que vou lhe dizer agora, mas preciso que saiba, que aceite e que me ajude..... eu e Kah nos reconciliarmos...

Eliza arregalou os olhos, surpresa.

- E decidiram voltar assim, em apenas meio-dia?

-Demorou menos de meio dia, da primeira vez que nos encontramos, para sabermos que tínhamos sido feitas uma para a outra.

- Oh! Sim... e como me explica, então, o fato de ter partido o coração da minha menina e tê-la mandado de volta para mim em pedaços, Lena? – Eliza magoara-se muito com a morena, na ocasião. - Não vou deixar que faça isso de novo com ela..

- Não tenho a menor intenção disso. Aliás, nunca tive. - Então, sentou-se na poltrona próxima à aquela mulher que, embora estivesse numa cadeira de rodas, se agigantava feito uma leoa para proteger a sobrinha que ela amava tanto.

Encarando-a, colocou na voz, toda emoção que sentia e, declarou.

- Amo sua sobrinha, tia Eliza... sempre a amei e, vou amá-la pela vida toda... Não posso deixá-la partir mais...

Eliza estudou a expressão apaixonada e determinada daquela linda mulher.

- Acho que deveria tentar dizer isso à ela, então!

- Ela já sabe! Só está com medo de recomeçar...

- E Andréa?

Lena fez uma careta.

- Andréa é apenas uma amiga. - então sorriu. - Onde está Barry?

- Na varanda.... acho.

Assentindo, Lena, inclinou-se para dar um beijo no rosto da tia e, tomando suas mãos entre as suas, falou:

- Estou muito feliz em revê-la, mas nada contente em vê-la confinada a essa cadeira.

- Não será para sempre. Sinto-me mais forte a cada dia. – Eliza falou, decidida.

- Será muito pedir-lhe para que me conte o que aconteceu?

Quinze minutos depois, Lena saiu à procura do jovem advogado, com a cabeça cheia de novas informações sobre os quatros anos de Kara e sua tia, o quanto tinham lutado juntas, e toda a tristeza de ambas. Entretidas, nenhuma das duas tinham notado Kara sentada no topo da escadaria, escutando toda aquela conversa esclarecedora.

***POV. Kara***

Quando Lena desapareceu em direção à varanda, ela desceu a escada e acariciou o rosto da tia querida como uma silenciosa saudação. Sentia que não tinha a menor ideia do quanto àquela mulher que tanto amava, tinha sofrido naqueles dois anos, até ouvi-la confidenciando à Lena.

- Vamos, titia. Quero dar uma olhada em sua acomodação. - E tomando o controle da cadeira de rodas, virou-a para o corredor.

- Está tudo bem, filha? - perguntou, Eliza, preocupada.

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