Que vai nos levar à tão sonhada Felicidade!

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***POV. LENA***

Lena sentiu os olhares, mas apenas murmurou um "Boa noite" à todos, sem qualquer emoção e voltando-se, subiu para o quarto delas, praticamente, correndo. Mas era a porta do quarto ao lado que estava aberta.

Kara, parada em frente à janela, olhava para fora de braços cruzados.

- Kah? - chamou-a, baixinho.

A loira se voltou para ela. Tinha uma expressão cansada e triste e os olhos azuis, apagados, quando encontrou os olhos dela.

Lena sentia seu coração querendo sair pela boca, tamanha era a dor que via naquele olhar.

- Kah... - exclamou, ainda cautelosa. - ... quero que saiba que, se eu a amasse mais do que já amo, eu teria de ser internada, porque me tornaria perigosa. E, se pareci insensível quanto às mentiras de Andréa, é porque eu também fui ferida por aquelas fotos...

Kara suspirou...

- Andréa fez parte de minha família, desde que nasceu, Kah.... - se aproximando mais um pouco, sem deixar de fitá-la. - ... por isso, sempre me preocupei com ela e ia visitá-la em National City, quando estava por lá. Mas, me enganei a seu respeito e, me enganei a seu respeito também, meu amor... Por isso, por conta do meu ciúme louco, me atrevi a colocar um detetive atrás de você! Eu... eu... - engasgada e derrotada, ajoelhou-se diante da loira. - Me perdoa, Kah?

- Pare com isso, Lena! - Kara, que até então, se mantinha impassível, comoveu-se e pediu. - Por favor, vem... - e lhe estendeu as mãos.

Lena, imóvel e olhando-a fixamente, tomou suas mãos entre as suas e, levou uma delas ao seu peito, por sobre o coração descompassado.

- Me perdoa, feiticeira? - implorou.

Kara, em silêncio, passeava seu olhar pelo rosto moreno e , timidamente, ensaiou um sorriso e, já que Lena não levantava, ela ajoelhou-se à sua frente.

- Quase despedi Tales, está tarde... - Lena, arriscou, com a esperança renovada ao notar o olhar, disfarçadamente apaixonado, da loira.

-Tales?! - Kara não entendeu.

- Sim! Eu estava infeliz, você estava infeliz... E, Tales era a pessoa de confiança de meu pai.... - ela começou a justificar sua atitude. - Uma vez, depois de uma de " nossas brigas", cheguei tão arrasada no escritório que, não tive como disfarçar e, então... ele me perguntou como andava nosso casamento... contei-lhe que andava preocupada com sua constante ausência... o miserável sugeriu que talvez devesse contratar um detetive e descobrir aonde você ía... - parou, levou a mão de Kara até a boca e, acariciou-a com um beijo leve. - Hoje, ele me disse que comentou este fato com Andréa e...

Uma suspeita passou pela cabeça de Kara e, então ela interrompeu a morena.

- Será que não foi ele quem contratou o ... "camarada"?

- Não! - Lena meneou a cabeça. - Também cheguei a pensar isso e o prensei na parede. O coitado quase teve um troço... Não, meu amor... acreditei nele e, esse tipo de atitude só pode ter saído da cabeça doente de Andréa. - olhou com toda ternura para Kara. - Já lhe ocorreu que ela tirou aquelas fotos, antes de saber que reataríamos?

Kara fez que sim com a cabeça, sorrindo.

Isso significa que sempre planejou usá-las. Como acha que me sinto?

Kara riu da cara de tola de Lena

- Uma boba, suponho! - E, sem conseguir se conter mais, se jogou nos braços da morena. Ali era o lugar ao qual ela pertencia. Uma lágrima rolou sua face. - Lee...

Uma segunda chance.Onde histórias criam vida. Descubra agora