O amor, esse sufoco. Agora há pouco, era muito; Agora, apenas um sopro.

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Espero que gostem da leitura, pois esse conto mostra o amor bruto, onde as brigas são constantes e o amor também, então tudo recomeça com a verdade, conversas e aparas.

Boa Leitura
Bjs

A autora é Elise Marie e foi postado no xana in box, e logo em seguida em dança dos sonhos imortais.
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Lena Luthor Mendonza acomodou-se numa espreguiçadeira no deque do iate e contemplou a baía de San Esteban. Uma sensação de alegria a dominou. O novo condomínio de férias espanhol tinha se transformado em algo especial, e sabia que aquela satisfação era merecida. Afinal, ele redobrara seu investimento inicial.

Fizera tudo aquilo no período de quase quatro anos, desde que assumira o comando de seu pai falecido num acidente aéreo.

Aquele projeto específico fora apenas uma ideia que tivera, quando conhecera a ilha, mas, tendo certeza de que era diferenciado, dera ênfase total, e agora o moderno e fascinante condomínio de férias estava materializado bem ali, na sua frente.

O problema agora era: para onde iria dali? O projeto fora concluído com tamanho sucesso que, as luxuosas chácaras, salpicadas nas vertentes, já tinham seus próprios donos. Um hotel 5 estrelas, campos de golf e uma enorme área de lazer, tudo funcionando como um sonho. 

Em uma semana, deixaria o ancoradouro e o iate, que fora seu lar enquanto estivera ali. Em seguida, retornaria para São Paulo, onde aguardaria o casamento do seu amado irmão Alexander.

Era hora de Lena se mudar, apesar de não saber direito por onde começar. 

Voltaria para São Paulo para perder-se definitivamente na velha força propulsora da Construtora Luthor&Danvers? Sentiu seus ombros tensos quando uma velha inquietação, começou a incomodá-la.

- ... “ Isso merece uma comemoração...”

- uma voz, suavemente feminina, filtrou-se através das portas abertas atrás dela.

“...uma celebração ao dia de San Esteban, e uma festa de despedida e agradecimento à todos que trabalharam duro para isso acontecer. Teremos fogos de artifícios e muita alegria. E chamaremos tal evento de Batismo de San Esteban, e isso se transformará numa festa anual para a cidade...”

Um sorriso lindo brotou nos lábios sensuais de Lena, que relaxou. Batismo de San Esteban! Gostava daquilo.

E também de Andréa. Era bom tê-la por perto, porque era calma, determinada e muito eficiente. Quando Lena lhe pedia para fazer alguma coisa, Andréa executava com eficiência e sem aborrece-la com detalhes irritantes. Era boa para ela e, encaixavam-se com perfeição na forma como pensavam.

Algumas vezes até a olhava de uma forma diferente, chegando a perceber o quanto era bonita. Prometia ser boa amante, já que não fazia nenhum esforço para esconder seu visível interesse num relacionamento entre elas. Em outras palavras, seria uma ótima companheira para uma pessoa tão ocupada, quanto ela, Lena, era. Apesar de não amá-la.

Na realidade, não acreditava mais no amor. Mas, antes de se envolver mais seriamente com alguém, devia cortar todos os laços legais, que ainda restavam, com Kah. Apesar de não terem se visto nos últimos três anos, não significava que a proposta que tinha em mente, seria aceita por ela.

Kara...!

- Que coisa! - exclamou, quando a inquietação retornou, trazendo-a de volta à realidade.

Não deveria ter-se permitido pensar no nome dela. Aquilo sempre a deixava nervosa. Com o passar do tempo, lembrava cada vez menos daquela feiticeira rebelde e teimosa e, transformara-se numa pessoa melhor por isso. Mas, algumas vezes, as recordações ainda eram muito perturbadoras.

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