***POV. Kara***
Kara sentiu seu nervoso voltar quando Lena parou o carro no estacionamento da belíssima casa dos pais de Lana. Tia Eliza estava alegre e decidida a se divertir, Kara desejou poder encontrar a mesma motivação.
A mão de Lena pousada em sua cintura, discretamente, conferia-lhe um pouco mais de segurança, enquanto caminhavam.
Na porta, o Sr. e a Sra. Lang, recebiam os convidados. Lena apresentou-as e logo Lana, uma jovem de longos cabelos escuros e olhos sorridentes, e Lex, apareceram. Os quatros receberam Kara e sua tia com polidez, mas com evidente curiosidade, independente do quanto estivessem tentando esconder o fato.
O sorriso de Lex foi simpático, quando a cumprimentou.
- Que bom vê-la aqui, Kara! - ele falou com voz grave e beijou-lhe o rosto.
Aquilo foi o que a ajudou a enfrentar o próximo momento, quando teve que encarar a mãe de Lena. Lilian Luthor Mendonza parecia tensa e sem graça ao cumprimentá-la. Porém, foi amável com tia Eliza e demonstrou uma preocupação genuína sobre o acidente, prometendo passar mais tempo com ela depois, para saber detalhes do acontecido.
- Viu? Ela não é tão má assim! - sussurrou Lena, quando elas se afastaram de Lilian.
- Isso porque você a preveniu. - retrucou, rebelde.
Lena nada comentou. Mas, visivelmente irritada, soltou a mão de sua cintura.
Sentindo-se de repente renegada ao acaso quando adentraram à enorme sala de recepção, Kara teve que lidar sozinha com algumas dezenas de rostos virando em sua direção.
Lena podia ter prevenido seus familiares, mas não conseguira avisar a todos, Kara notou, quando um burburinho de repente chegou-lhe aos ouvidos.
Foi horrível. Ela experimentou a velha sensação de desconforto e teve vontade de desaparecer.
Tia Eliza chegou do outro lado de Lena, chamando-lhe a atenção.
- É nosso momento de fama, Lena? - A sorridente senhora não era tola, sabia muito bem o que estava acontecendo ali.
Uma das mãos da morena cobriu a de tia Eliza, que se segurava no andador, e a outra segurou firme a de Kara. Então, ela empinou a cabeça e encarou a pequena multidão, que silenciou os murmúrios no mesmo instante.
Sentindo uma espécie de satisfação, Kara percebeu o quão forte era a presença e o respeito que Lena exercia sobre aquela ilustre plateia. Ela não era respeitada daquela maneira da última vez que fora em uma reunião como aquela, em sua companhia. Aqueles três anos de separação dera à ela alguma coisa extra.
Sem uma palavra e mantendo o sorriso irônico nos lábios bem feito, Lena as guiou em direção a um dos sofás próximos e convidou tia Eliza a se acomodar. Mas, Eliza meneou a cabeça. Tal tia, tal sobrinha, pensou Kara. Nenhuma das duas iria permitir-se recuar dali.
Um garçom apareceu com taças de champanhe. Kara aceitou uma. Tia Eliza não.
- Tudo bem? - quis saber Lena.
- Sim... - foi a resposta curta, seca.
- Kah!!! - o som de seu nome a fez virar-se e abrir o primeiro sorriso sincero até então. Lois Lane vinha ao seu encontro, entre seu avô e um outro homem loiro que Kara presumiu ser seu marido.
- Isso é muito bom para ser verdade! - exclamou Lois.
Ela e Kara se abraçaram sincera e calorosamente. lena cumprimentou seu tio, Jhonn e, apresentou-o a tia Eliza. Então, Eva puxou o marido e o apresentou com orgulho. Clark sorriu com sincera simpatia e certo alívio, por saber serem ingleses.
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Uma segunda chance.
RomanceApós 4 anos de separação, Lena decide que está na hora de seguir em frente e encontrar uma nova pessoa para formar uma família. Seu único empecilho é a sociedade que ainda tem com sua antiga companheira, disposta a comprar essa parte de sua sócia...