ATENÇÃO: Esta obra é uma ficção baseada em VOZES DA MINHA CABEÇA, inspiradas por mitologias e crenças sem vínculo verídico religioso.
Entretanto, contudo, porém, todavia(rsrs), é uma história com forte apego aos princípios cristãos. Não possui hot...
O caminho que conduzia ao final da mata fechada finalmente mostrava um pouco de luz vinda da praia mais próxima da região montanhosa. Mihai ajeitou seus cabelos e suspirou com preguiça depois de sua longa caminhada. Após transferir sua energia para Yuná, ele estava fraco e não podia se teletransportar como sempre fazia. Caminhou por 3 horas consecutivas até chegar na pequena praia deserta de almas.
Era um lugar diferente dos demais litorais que circundavam a ilha do Reino dos mortos. Aquele ponto era um dos lugares onde o mundo espiritual e físico se encontravam. Com o correto conhecimento, alguém poderia tentar abrir um portal ali para tentar ir a Terra por meios ilegais.
-Aaaah... Esse lugar me traz lembranças... -Ele suspirava novamente.
Um leve e incomum vento batia em seu rosto e as ondas pareciam um coral de vozes ao quebrar na grossa areia branca do lugar.
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-Olá Mihai! -Era Gavril chegando.
-Olá irmão... Verificou o governador? -Ele perguntava sem desviar os olhos da praia.
-Sim. Não achei nada que o incriminasse. Talvez ele esteja agindo somente sob as ordens de Elrik, mas ainda não entendi o que o antigo ceifeiro ganha trazendo um Góin a este reino para devorar almas.
-Isso eu também não entendi Gavril, mas eu já tenho certeza de que ele está por trás dessa confusão. Acabei de voltar das montanhas. Segui Elrik e ele foi exatamente à cabana da Bel.
-Da Bel? Aquela mulher arrogante?
-Sim. Ela. -Respondeu Mihai com preguiça. - Eu não consegui ouvir o que eles conversaram por que estou fraco, mas ele não a procuraria se não estivesse tramando algo.
-Por que está fraco? -Gavril pareceu ignorar o restante da informação.
Gavril olhou ao redor percebendo em que praia estavam, depois olhou para Mihai que permanecia com semblante melancólico e pálido. Talvez pela falta de energia, ou talvez por outro motivo.
-Mihai... O que está havendo? Você não me parece o mesmo já faz quase um mês.
Se desprendendo de algumas memórias, Mihai olhou para Gavril pela primeira vez ali e com um sorriso respondeu: -Não é nada. estou cansado. Você as vezes não se sente assim?
Gavril não respondeu.
-Eu sinto cansaço as vezes. A eternidade cansa.
-Cuidado com seus pensamentos irmão! -Gavril começara a ficar preocupado.
-Não se preocupe comigo. Eu estou bem. Meus pensamentos nunca me levarão a atitudes drásticas como nosso "irmão errante".
-Você nem ouse se lembrar daquele traste. -Gavril ficou incomodado.
