CAPÍTULO 07

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O filho de Apolo pensou que tivessem perdido a aranha, mas então Tyson ouviu um zunido distante

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O filho de Apolo pensou que tivessem perdido a aranha, mas então Tyson ouviu um zunido distante. Dobraram algumas esquinas, retrocederam algumas vezes e, por fim, encontraram a aranha batendo a minúscula cabeça em uma porta de metal. 

A porta parecia uma daquelas antigas escotilhas de submarino — oval, com rebites de metal na borda e uma espécie de volante corno maçaneta. 

Onde deveria estar o portal havia uma grande placa de latão, esverdeada pelo tempo, com a letra grega eta inscrita no meio. 

Todos eles entreolharam.

— Preparados para o encontro com Hefesto? — perguntou Grover, nervoso. 

— Não. — admitiu Percy. 

— Sim! — disse Tyson alegremente, e girou o volante. 

Assim que a porta se abriu, a aranha entrou, apressada, com Tyson logo atrás dela. O restante deles seguiram, sem tanta ansiedade. 

A sala era enorme. Parecia uma oficina mecânica, com vários elevadores hidráulicos. Em alguns viam-se carros, mas em outros havia coisas mais estranhas: um hip alectrion de bronze com a cabeça de cavalo solta e um punhado de arames pendendo de sua cauda de galo, um leão de metal que parecia ligado a um carregador de bateria e uma carruagem grega de guerra feita inteiramente de chamas. 

Projetos menores atravancavam uma dúzia de bancadas de trabalho. 

Viam-se ferramentas penduradas ao longo das paredes. Cada uma delas tinha o contorno desenhado em um quadro, mas nada parecia estar no lugar certo. O martelo pendia no lugar da chave de parafuso. O grampeador encontrava-se onde deveria estar a serra de metal. 

Sob o elevador hidráulico mais próximo, onde estava um Toyota Corolla 98, projetava-se um par de pernas — a parte inferior de um homem enorme com uma calça cinza imunda e sapatos ainda maiores do que os de Tyson. 

Uma das pernas tinha uma braçadeira de metal. 

A aranha seguiu direto para debaixo do carro, e o martelar cessou.

— Ora, ora — uma voz profunda retumbou sob o Corolla. — O que temos aqui? 

O mecânico deslizou em uma esteira mecânica e sentou-se. Hélio viu Hefesto umas três vezes, rapidamente, no Olimpo; assim, pensou que estivesse preparado, mas sua aparência o fez engolir em seco. 

Talvez ele tenha se lavado quando Hélio o viu no Olimpo, ou usado magia para fazer a aparência parecer um pouco menos horrível. 

Mas na sua oficina, parecia não dar a mínima importância a isso. 

Usava um macacão sujo de óleo e fuligem. No bolso do peito estava bordado Hefesto. Sua perna rangeu e estalou na braçadeira de metal quando ele se levantou. O ombro esquerdo era mais baixo que o direito, de modo que ele parecia inclinado mesmo quando estava ereto, de pé. A cabeça era imensa e deformada. A fisionomia estava permanentemente carregada. A barba preta silvava e soltava fumaça. De vez em quando, um pequeno fogo-fátuo irrompia de seu bigode, apagando em seguida. Suas mãos eram do tamanho das luvas de um apanhador de beisebol, mas ele segurava a aranha com uma habilidade incrível. Desmontou-a em dois segundos então tornou a montá-la. 

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 [Volume Único]Onde histórias criam vida. Descubra agora