CAPÍTULO 14

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Hélio não sabia mais o que era respirar, lágrimas salgadas não paravam de descer por seu rosto

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Hélio não sabia mais o que era respirar, lágrimas salgadas não paravam de descer por seu rosto.

Aquela noite foi a primeira vez que ele viu as mortalhas do acampamento sendo usadas de fato em corpos, e não foi algo que ele queira presenciar de novo.

Entre os mortos, Lee Fletcher, do chalé de Apolo, que fora derrubado pelo bastão de um gigante. Ele foi envolto em uma mortalha dourada sem decoração alguma. Os irmãos e irmãs de Hélio estavam juntos a ele, todos em silêncio, chorando ou abraçando uns aos outros. Hélio tentou dizer algo, mas se engasgou em lágrimas e saiu correndo para vomitar, todos lhe enviaram olhares de pena quando voltou pálido e tonto.

O filho de Dioniso, que caíra lutando contra um meio-sangue inimigo, foi coberto por uma mortalha de um roxo intenso com bordado de parreiras. Esse era o Castor. Tinha dezessete anos. Seu irmão gêmeo, Pólux, tentou dizer algumas palavras, mas sua voz falhou e ele limitou-se a apanhar a tocha. Acendeu a pira funerária no centro do anfiteatro, e em segundos a fileira de mortalhas foi engolida pelo fogo, enviando fumaça e faíscas para as estrelas.

Percy se sentiu péssimo. Ele queria tanto abraçá-lo, e lhe tirar todas as suas dores, mas Hélio ficou o tempo todo junto com os seus irmãos, de mãos dadas com Will e chorando.

Hélio ignorou todos que tentavam falar com ele, somente abraçou Pólux quando o viu e sussurrou algo em seu ouvido antes de puxar Will para o chalé sete.

[...]

Passaram o dia seguinte tratando os feridos - que eram quase todo mundo. Os sátiros e as dríades trabalhavam para reparar os danos à floresta.

Ao meio-dia, o Conselho dos Anciãos de Casco Fendido convocou uma reunião de emergência no bosque sagrado. Os três sátiros sêniores estavam lá, assim como Quíron, acomodado na cadeira de rodas. A pata de cavalo quebrada estava em processo de cura, então ele ficaria confinado à cadeira por alguns meses, até que o membro estivesse forte o bastante para sustentar seu peso. O bosque estava repleto de sátiros, dríades e náiades fora d'água - centenas deles, ansiosos para ouvir o que aconteceria. Juníper, Annabeth, Hélio e Percy os encontravam ao lado de Grover.

Sileno queria exilar Grover imediatamente, mas Quíron o convenceu a pelo menos ouvir primeiro os testemunhos. Assim, contaram a todos o que aconteceu na caverna de cristal e o que Pã disse. Em seguida, várias testemunhas da batalha descreveram o estranho som que Grover emitiu e que mandou o exército do titã de volta ao subterrâneo.

- Era pânico - insistia Juníper. - Grover apelou para o poder do deus selvagem.

- Pânico? - perguntou Percy.

- Percy, durante a primeira guerra entre deuses e titãs, o Senhor Pã soltou um grito horrível que afugentou os exércitos inimigos - explicou Quíron. - Esse é... era seu maior poder, uma onda maciça de medo que ajudou os deuses a alcançar a vitória. A palavra pânico vem de Pã, veja bem. E Grover usou esse poder, evocado de dentro de si.

𝐅𝐈𝐋𝐇𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐏𝐎𝐋𝐎❟  𝖯𝖾𝗋𝖼𝗒 𝖩𝖺𝖼𝗄𝗌𝗈𝗇 [Volume Único]Onde histórias criam vida. Descubra agora