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Capítulo 31 - Um encontro inesperado

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Mel

Depois que o Jin pegou no sono eu fiquei acordada, pensando em tudo o que aconteceu até aqui.

Tento não pensar nas minhas últimas lembranças, mas é impossível esquecer o que tanto me esforcei para lembrar.

Estou imersa em meus pensamentos quando sinto novamente a mesma sensação de mais cedo, como se alguém estivesse nos observando.

Levanto com cuidado para não acordar o Jin e vou até a varanda.

Não é possível ver nada na escuridão da mata.

Entro e fecho tudo.

Estamos seguros, não há porque se preocupar. Falo para mim mesma na tentativa de me acalmar.

Deito ao lado do Jin, que logo me abraça.

Ele está quentinho e aconchegante.

Rapidamente pego no sono em seus braços, o lugar no qual mais tenho sentido segurança.

Acordo cedo, com o canto dos passarinhos e a luz do sol tímida entrando pela fresta da cortina.

Queria ficar na cama, mas me sinto inquieta.

Levanto com cuidado, vou ao banheiro, faço a minha higiene e me visto para uma caminhada.

Ele ronca baixinho, em um sono profundo e tranquilo.

Eu saio sem fazer barulho.

Sigo rumo à uma trilha que passa atrás de nosso chalé.

O dia está agradável.

Faz sol, mas está frio.

Eu caminho lentamente, observando a paisagem.

Ouço o barulho da água e percebo que logo à frente tem um pequeno rio.

Vou em direção a ele e fico encantada com a paisagem.

Me sento em uma pedra contemplando a beleza e a paz desse lugar.

Estou bem, calma e feliz, quando sinto a presença de alguém me observando.

Fixamos o olhar um no outro, mas não falamos nada.

Ele está a uma distância de mim.

É alto, usa um boné que cobre parte de seu rosto.

Ele sorri pra mim e acena, vejo duas covinhas fofas em seu rosto.

Eu sorrio e aceno de volta.

Ele se mantém distante, em pé em seu canto, olhando a água correr.

Vez ou outra vejo seu olhar em mim e sinto o meu olhar ser atraído pra ele.

Não tenho coragem de me aproximar, mas a minha vontade é que ele se aproximasse de mim.

Por que estou com esses pensamentos?

Fico ali mais um tempo e então vejo ele se virar e ir embora, seguindo a trilha contrária à minha, sem ao menos dar um tchau de despedida.

Me levanto e sigo o caminho de volta.

Aquele olhar volta à minha mente e tudo o que penso é que eu queria vê-lo de novo.

Não sei porque estou com esse sentimento, mas algo ali mexeu comigo.

Tento afastar isso da minha cabeça.

Quando chego ao chalé vejo o Jin já acordado me esperando com uma mesa de café da manhã pronta.

Nos sentamos e comemos, em seguida eu vou tomar um banho e quando saio, vejo que o Jimin e o JK já se juntaram a nós.

Decidimos sair juntos para explorar o lugar.

Há um pequeno restaurante aqui perto.

Passamos o dia explorando o lugar.

Embora os chalés fiquem em uma parte mais isolada, não é muito difícil encontrar civilização nas proximidades.

Isso agradou muito o Jimin que já estava cansado de ver apenas verde por todos os lados.

Descobrimos que aqui perto tem uma espécie de mercadão, com um pouco da cultura local disponível.

Vamos até lá e nos encantamos com o lugar.

Vejo Jin, JK e Jimin se voltarem para uma barriquinha de comidas típicas. Eles param e começam a pedir de tudo para provarem.

Nem parece que são coreanos, rsrs.

Me afasto um pouco deles e vou até uma barraquinha onde vejo lenços feitos à mão. São lindos.

Estou admirando o trabalho impecável dos artesãos, quando de novo tenho a sensação de ser observada.

Olho em volta e não vejo ninguém, mas ao olhar em frente ele está lá. Por entre os lenços, sinto aquele olhar me devorar e decifrar a minha alma.

Sinto o meu coração acelerar.

Caminho lentamente e ele me acompanha do outro lado da barraca, sem tirar os olhos de mim, sem falar nenhuma palavra.

Quando estamos quase nos encontrando, ouço o Jin me chamar.

Eu o olho e quando volto para o estranho ele não está mais ali.

Jin: Meu amor, você achou algo legal?

Mel: Sim, tem uns lenços lindos aqui - falo um pouco distraída, ainda procurando por aqueles olhos.

Jin: Então vamos comprar alguns.

Mel: Tá bom.

Seguimos nosso passeio, mas eu estou dispersa.

Me sinto envolvida pelo olhar de um estranho que não sei se verei de novo.

Preciso colocar minha cabeça no lugar.