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Vocês bateram a meta em menos de 24h! Obrigada, pessoal <3 Vocês são gigantes!!!
E, como promessa é dívida, fiquem então com o 5º capítulo dessa história que vai deixar não apenas seus corações quentinhos, mas também algumas partes molhadas! Estou falando do que? Dos olhos, é claro! Sem perversão! kkkkkkkkkkkkk

Posso contar com você para ter mais comentários e estrelinhas?

Boa leitura!!!

Beijos purpurinados,

Kami <3

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22 de abril de 2001

GABRIELLE

A cada dia que passa fica mais difícil esconder o que sentimos um pelo outro. Sinto o peso crescente do segredo que carrego. Não poder ter Samuel em momentos importantes para mim ou estar com ele em seus momentos importantes é quase insuportável. Até mesmo no meu aniversário, não poderei estar próxima a ele, claro que por motivos políticos meu pai convidou sua família, mas ainda assim, precisarei fugir para termos algum momento a sós, cada momento que temos é escondido. Tudo sobre o que nossas famílias falam, é sobre as malditas eleições que acontecerão em outubro.

Em público, olharmos um para o outro está completamente fora de questão. Qualquer mínimo piscar de olhos nos tornaria alvo de fofocas que, consequentemente, chegariam aos ouvidos dos nossos pais causando uma guerra ainda maior entre as nossas famílias que, desde antes de nascermos, já eram rivais.

Nossos encontros continuam sendo depois da meia noite, quando ele pisca rapidamente as lanternas do carro, eu fujo pela janela e seguimos com os faróis apagados até o fim da rua. Nosso ponto de encontro favorito é o Mirante que, geralmente, é ocupado por casais fogosos, mas, na maior parte das vezes, ficamos apenas abraçados contando sobre nossos dias.

Mas não consigo parar de questionar a mim mesma se me envolver com Samuel é a escolha certa, sabendo das consequências que isso pode trazer.

— O Barcelos está tão desesperado por votos que arranjando um namoro entre o filho e a filha da governadora. — meu pai resmunga com minha mãe durante o jantar e, pela primeira vez em muito tempo me atento às palavras do meu pai.

— Qual dos filhos, papai? — questiono curiosa torcendo para ser qualquer um dos outros filhos do senhor Barcelos.

— Ora, qual? O hippie com aquele cabelo ridículo! — também conhecido por mim como Samuel, meu namorado. — Aquilo nem é cabelo de homem, Gisele! — minha mãe apenas assente, acho que ela é uma das pessoas mais cansadas de toda essa briga. — Fiquei sabendo que ele levou a garota para jantar ontem sozinho e depois a levou para o Mirante... e você sabe o que acontece lá!

— Ele o que? Como ele ousa? — minha voz sai alta demais, e me retrato rapidamente tentando fingir que não me importo com nada disso. — Quer dizer... Essa juventude tá perdida, papai! Estão cada vez mais vulgares e...

— Exatamente, princesa! Agradeço todos os dias por você não ser assim.

— Eu também, papai — momentaneamente relembro a última vez que estive no Mirante com Samuel, apenas há dois dias e, depois perder minha calcinha, voltar sem ela para casa. — Meu foco são meus estudos.

— E as eleições. — ele diz enquanto minha mãe me encara como se desconfiasse de algo.

— Com certeza! Com licença, não estou me sentindo muito bem. — comunico me levantando com um nó na garganta.

(EM PAUSA) - Nunca Deixei de Te AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora