(EM PAUSA) - Nunca Deixei de Te Amar

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Oi, besties! Voltei!
Vocês estão prontas pra bater a meta?
Preciso admitir que estou um pouco desanimada com algumas coisas que estão me impedindo de escrever com a frequência ideal, mas isso não significa que faltará capítulo ou atrasaremos...
De qualquer forma, vocês sabem como funciona: 50 comentários sobre o capítulo e volto com o capítulo 28 logo. Se não acontecer, nos vemos no sábado!
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28 de novembro de 2022

GABRIELLE

    Mais uma das muitas vantagens de morar em cidade pequena, é o fato de tudo se concentrar em praticamente um único lugar. A prefeitura, restaurantes, lojas, padaria e, claro, hospital, estão todos localizados no centro de Felicidade. Antes mesmo que Samuel desligue a ligação, giro meu corpo em direção à rua principal. Não preciso saber quem se acidentou, se foi João ou Mali, o que me importa é estar com eles.

    — Gabrielle... — Samuel me alcança rapidamente. É um péssimo dia para usar saltos lindos e desconfortáveis. — Eles estão bem, tenho certeza de que não foi nada além de um susto. — não respondo. — Você precisa ir mais devagar. — segura meu braço um segundo após eu tropeçar em uma rachadura na calçada.

    — Tira as mãos de mim! — aviso, puxando meu braço ao mesmo tempo que tento não chamar atenção. Minha pele ainda queima com o seu toque.

    — Gabrielle...

    — Não! — levanto meu dedo em riste e me aproximo falando baixinho. — Você perdeu o direito de colocar um dedo que seja sobre mim quando... quer saber? Não vou entrar nesse seu joguinho doentio. — jogo as mãos pra cima irritada, sabendo o que quase deixei que ele fizesse comigo na prefeitura, sabendo que se não tivéssemos sido interrompidos, eu não teria forças para parar.

    Por que quando se trata dele eu sou tão fraca?

Sigo o caminho enquanto Samuel me acompanha em silêncio.

Ao entrar no hospital, sou cumprimentada na recepção por Joana, uma das mais antigas funcionárias a qual me lembro. Com um sorriso amarelo, corpulenta e longos cabelos vermelhos, ela chama alguém rapidamente.

— Já vão encaminhá-la, Gabizinha. — avisa e logo um rapaz me conduz até o quarto.

— Mamãe! — Mali parece uma garotinha frágil deitada no hospital com um pequeno curativo na testa e o cabelo bagunçado.

— O que houve, querida? — a abraço imediatamente e um gemido de dor lhe escapa, fazendo-me soltá-la. — O que aconteceu?

— Foi minha culpa, Sogra. — João parece arrasado, como se alguém tivesse acabado de morrer. — Eu não deveria...

— Não! — Mali o interrompe. — Não fale besteiras, João! — ela estica a mão esperando que ele segure a dela e assim ele faz. — Sogrinho! — os olhos de Mali brilham ao ver Samuel. — Me desculpa, eu não tinha a intenção. Foi tudo tão rápido! Eu vou pagar o conserto!

— Conserto do que? O que aconteceu? — minha voz sobe e finalmente Mali começa a explicar.

— Bem... — começa cravando os dentes no lábio inferior. — Promete que não vai ficar brava? — não respondo, apenas levanto uma sobrancelha em resposta. — Nós estávamos passeando de moto e eu convenci João a me deixar pilotar.

— Moto, Amália? Onde vocês conseguiram uma moto? — olho para Samuel irritada, mas ele não diz uma palavra. — Só posso supor que tem um dedo seu nisso.