SASUKE
Meu irmão me mostra numa tv o mapa de Chicago, com áreas pintadas em vermelho e outras em azul, mas meu foco são nas áreas em vermelho, onde a Akatsuki está atuando, roubando nossas cargas e matando nossos homens.Durante a semana houve mais assaltos a nossos caminhões carregados de drogas, mataram os soldados da escolta e o motorista, numa região que é considerada nossa, e se algo assim acontece ficamos desmoralizados, fracos, correndo o risco de perder o domínio do submundo.
— A informação vai ser vazada de que um carregamento grande vai chegar amanhã. — Itachi me explica, apontando no mapa a rota que será feita. — Ele sairá do interior do estado até chegar aqui, no extremo sudeste da cidade. Nas docas que ainda não foram invadidas e roubadas.
— Mas você vai simplesmente vazar a informação? — Bebo um gole de whisky lentamente, imaginando onde ele quer chegar.
— Não, eu tenho a pessoa certa para isso, e se tudo correr bem, pegaremos dois coelhos num golpe só.
— O traidor? — Ele afirma, tragando de seu charuto, meu sorriso se abre, eu fico com os espólios de guerra e desse traidor eu faço questão.
— Kakashi vai levar alguns homens, os mais bem treinados, e Naruto se ofereceu para acompanhar a operação. — O encaro com ironia.
— Eu não preciso de babá. — Afirmo, sabendo que não preciso de todo esse contingente.
— Nunca disse que você precisa, só acho que será necessario mais homens, afinal não será só um prisioneiro, e eu quero o traidor e os lideres vivos.
Torço o nariz, irritado, pois ele tem razão, nas últimas operações eu matei a todos, um deles eu furei os olhos com um picador de gelo. Em minha defesa era o que tinha na sala para torturá-lo, se tivesse uma faca ou um serrote ou o que quer que seja eu usaria.
— Controle seu gênio, mesmo sendo uma operação grande, em que haverá muitas mortes, eu preciso de alguns vivos, eu preciso de informações, temos que chegar no cerne dessa gangue de merda.
— Tanto faz.
— Sasuke…
— Eu ouvi Itachi, não vou matar todo mundo, mesmo que eu queira.
— Certo, então esteja preparado para amanhã. Vai, sei lá beber, esfriar a cabeça, comemorar, qualquer coisa que te deixe mais atento.
— Me toma por um moleque? Eu consigo matar qualquer filho da puta que se aproxime de mim.
— É mesmo? — Meu irmão balança minha faca em sua mão, a qual eu não vi ele pegar. Não digo nada, pois nem há o que dizer, eu estou desatento e nem percebi. — Aproveite sua nova casa noturna. As vezes é disso que você precisa para ficar atento.
Pego minha faca de volta, a guardo no coldre, me viro e vou embora, sem nem mesmo me despedir. O almoço que tivemos hoje passou devagar, porém me lembro de poucas coisas que Itachi disse. A verdade é que foquei só na missão do dia seguinte, o restante da conversa eu não me importei pois pensei só no dia anterior.
Lembrando daquela vadia de língua afiada, no sabor daquela boceta, nos olhos verdes se revirando.
Que desgraça, é só uma puta, qual o meu problema?
Talvez precise de uma mulher diferente.
Penso na hipotese, mas não sinto esse desejo, na verdade, sempre que penso em foder alguém, imagino uma cabeleira rosa na minha frente. E como uma ironia, que me amaldiçoa, penso nela como uma sereia, que encanta pescadores, a diferença é que ela não canta para me chamar.
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Mermaid- A sereia e o mafioso
RomanceSasuke Uchiha, o executor da Organização Amaterasu, decide se divertir em uma boate que ele não conhece, a Mermaid, onde garotas se apresentam em danças sensuais, entre outros serviços, e é nessa noite que ele conhece a sereia mais arrogante e malcr...