Sakura
Se me contasse tudo que aconteceu nas últimas doze horas com qualquer outra pessoa eu não acreditaria.Ter que atender um cliente que odeio e que Jiraya e Tsunade me obrigaram a trepar com ele foi o mais normal da noite, o restante mais pareceu um sonho, daqueles muito loucos em que tudo acontece, como se fosse um filme de ação com um final erótico.
Isso foi o que eu pensei quando acordei pela manhã, ainda sem abrir os olhos, tentei dormir de novo e voltar para o sonho, que por mais louco que pudesse parecer eu gostei, contudo o cheiro e a maciez do colchão me deixaram alarmada.
Arregalei meus olhos, levantando meu tronco com rapidez, olhando a volta.
Onde eu estava?
A enorme janela deixava a luz do sol entrar, uma brisa fria da manhã também fazia as honras, me belisquei, para ter certeza de que não era a continuação do sonho. Doeu, mas o que me despertou para a realidade foi a voz irritada vinda da sacada, misturada ao cheiro de cigarro logo cedo.
— Foda-se se a polícia chegou aí muito rápido, quero os rastros apagados. Se vira, a Organização paga você para isso, para nos livrar da polícia. — A voz irritada de Sasuke me fez engolir em seco. Geralmente ele era sombrio comigo, de um jeito assustador, porém muito sensual.
Irritado dessa forma é a primeira vez. Diria que ele está estressado.
Estou nua, ainda… Olho a volta e encontro uma camiseta preta dele, fica muito larga em mim, quase um vestido, que alcança as minhas coxas. Visto e vou ao encontro da voz que ainda ressoa irritada.
— Você é o advogado, Shikamaru. O que você vai fazer? — A pergunta mais pareceu uma ameaça velada, me perguntei se era prudente me aproximar, ou até mesmo ouvir, mas se ele quisesse segredo teria saido do quarto. Olho para o lado de fora, no pequeno vão da porta de correr. — Eu tenho que desligar. — Antes que ele o faça, Sasuke rebate. — Eu lido com o meu irmão, agora vá trabalhar e não me faça mais perguntas idiotas.
Ele desliga o telefone, traga uma última vez o cigarro e descarta a bituca, soprando a fumaça para o outro lado. Sasuke está sem camisa, seus músculos destacados pela luz do sol, a calça de moletom preta me diz que ele está no minimo em seu horário de descanso.
Volto a pensar no dia anterior, ao qual não foi um sonho, e sinceramente sinto meu coração bater com muita força, conforme ele se aproxima.
Eu tinha certeza de que iria morrer, de que Sasuke iria me matar pelo simples fato de estar com o inimigo da Organização, ou então que seria descartada. Afinal nem ele, nem Yahiko teriam algo a perder caso eu morresse.
Tudo que ele fez desde quando colocou os olhos em mim naquele corredor só serviu para me deixar com o coração derretido feito uma manteiga.
— Eu te acordei? — Ele pergunta de um jeito monótono, quase diria que ele não se importa se foi o motivo do meu despertar.
— Não… Eu acordei sozinha mesmo. — Respondo me sentindo um tanto constrangida. Eu nunca “acordei” na casa de ninguém antes, nas raras vezes que fui para a casa de algum cliente, eu ia embora logo que acabava o “serviço”, dormia no conforto do meu quarto, se é que podia chamar de conforto, visto o lugar em que estou agora.
— Tem café na cozinha e deixei um sanduiche pronto para você. Se alimente e tente descansar. — Afirmo com a cabeça, enquanto ele continua falando. — Eu preciso resolver alguns problemas, mas volto logo. Pode ficar a vontade. Eu não costumo usar a banheira, mas se quiser é só encher.
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Mermaid- A sereia e o mafioso
RomanceSasuke Uchiha, o executor da Organização Amaterasu, decide se divertir em uma boate que ele não conhece, a Mermaid, onde garotas se apresentam em danças sensuais, entre outros serviços, e é nessa noite que ele conhece a sereia mais arrogante e malcr...