Capítulo 3 - O dever

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Aviso⚠️

Bom dia!

Era para ter postado ontem, eu sei. Mas fiquei com receio pq esse capítulo é pesado por isso leia os avisos

⚠️⚠️
Esse capítulo tem cenas de sexo não consensual que podem gerar gatilho.
Se vc é sensível peço q não leia a partir do "⚠️🧜‍♀️" e volte na 🌸
Preserve sua saúde mental por favor.

Sua autora agradece.

SAKURA

Desgraçado e gostoso.
Sasuke Uchiha podia ser um arrogante, grosseiro e um homem perigoso, mas eu não podia negar que ele era gostoso.
O maldito me fez pingar de tesão, me cortou com uma faca e mesmo assim, aqui estou eu me lembrando das coisas que fez comigo, sentindo meu ventre revirar, sinto até meu estomago gelado em excitação. Passo meus dedos sobre o corte que ele fez, ainda arde, mas me faz lembrar da língua dele lambendo meu sangue.
Abro a porta do quarto que usamos, o corredor está vazio, sinto alívio, pois a saia mal cobre minha intimidade e meus seios estão descobertos, pois meu querido chefe  cortou o que eu usava para andar decentemente ao meio, com uma faca.
Mas foda-se, já me exibi com menos roupa que isso.
Penso em voltar para o palco, mas não sinto a menor vontade,  e por mais que eu goste de contrariar o mafioso que comprou essa espelunca, eu sinto que tenho uma vantagem aqui, ainda mais quando ele disse suas últimas palavras.
“— Você não vai voltar para o salão. — Ele ordenou, enquanto vestia sua roupa. — Esse valor é o suficiente para que Jiraya se esqueça de você pelo resto da noite.”
Olhei para o bolo de dinheiro. Os dois desgraçados não precisavam saber qual o valor que ele me deu.
— Foda-se, vou dormir. — Afirmo, caminhando de volta para meu quarto, no silêncio, escondida para que ninguém me veja.
Abro a porta entrando no banheiro que tenho ali, me lavando rapidamente, vestindo uma roupa confortável, me jogando no colchão e me cobrindo com uma coberta. Fechando meus olhos, suspirando, sentindo o corte arder um pouco.
— Maldito… — Resmungo, sentindo o sono me pegar

Oração de puta, Deus não escuta. E acho que eu rezei pouco para ter sossego, quando a minha porta se abre com brusquidão e algum filho da puta acende a luz, antes mesmo que eu caia no sono profundo sou acordada.
— Levanta agora dessa cama! — A voz irada de Jiraya ressoa dentro do quarto, abro meus olhos devagar, sem entender o que está acontecendo.
— O que foi agora? — Resmungo irritada, sentindo os olhos arderem pela falta de costume com a luz.
— Levanta da porra dessa cama. Tá achando que tá numa colônia de férias!?
Me levanto irritada, tateando a mesa de cabeceira da minha cama, abro a gaveta e tiro o bolo de dinheiro, pego uma quantia muito maior que daria aos dois, e entrego a Jiraya. Comprando meu direito de voltar a dormir.
— Tá aqui, o valor suficiente para duas noites. Agora sai do meu quarto.
Eu sei que sou abusada, sempre fui, minha língua é afiada e eu não faço a menor questão de conte-la, gosto de desafiar as pessoas,  principalmente as que acham que são maiores ou melhores do que eu. A maior parte das pessoas que convivem comigo.
Acho que isso é foi um mecanismo de defesa da minha mente, desde quando minha vó morreu e eu fiquei sozinha nas ruas, desde quando comecei nessa vida de prostituição.
Nunca deixei que me diminuíssem mais do que minha mente já fazia. Por dentro eu me sentia um lixo, afinal eu não era nada além de uma prostituta barata, que se apresenta num lugar de quinta categoria, mas por fora eu era Sakura, a sereia do Mermaid, a mulher mais bonita e gostosa de Chicago, ao qual todos os homens dariam a vida para ter uma noite comigo.
Mas até minha afronta tinha um limite, distante, mas um limite.
— Escuta aqui sua vadiazinha de merda. — Jiraya se aproximou de mim, o ódio estampado em seus olhos, enquanto ele me segurava pela gola do moletom velho que vesti. —  Você vai se vestir e vai trepar com o cliente que eu mandar, você me entendeu? — Meus olhos estão arregalados e minha respiração está descompassada, quando abro a boca para dizer que já transei com Sasuke, ele me corta. — Quero que se foda se você deu para o novo dono desse lugar ou se você tá transando com o presidente dos Estados Unidos, você vai descer e vai me obedecer, me ouviu!? — Ele cerrava os dentes ao falar e chegava a cuspir de raiva.
Afirmo com a cabeça, enquanto ele pega um par de roupas e as joga em mim, brilhantes, com escamas, a maldita roupa de sereia.
A roupa que ele me obriga a usar sempre que tem algum cliente importante que irá pagar uma quantia absurda. Engulo em seco, pois sei que não será tão bom quanto foi com Sasuke e volto a minha realidade. Nem sempre é bom, e essa sou eu.
A prostituta de luxo do Mermaid.
Tsunade entra no quarto enquanto Jiraya sai. Ela está aqui para me vigiar, para ver se eu vou me vestir, para que eu cumpra meu dever para com eles.
Com raiva e contendo o ardor dos meus olhos, eu começo a me vestir, a porra da saia me aperta, ela é feita de um tecido que gruda, como se de fato fosse uma escama, porém não é confortavel quanto faz parecer, tiro meu moletom, com os seios a mostra para vestir o biquini cravejado de pedra de zirconia, roxas e rosadas, com as alças em pérolas de mentira, que volta e meia prendiam os fios do meu cabelo, me machucando, assim como o fecho me machuca.
Meus cabelos já não estavam bonitos na apresentação, agora estão desgrenhados e nem sei o que fazer com eles, mas esse é motivo ideal para que eu demore o máximo possível para ir para o meu tormento.
— Anda logo, Garota! não temos a noite toda. — Ela me empurra e me põe sentada na cadeira da penteadeira, puxa meu cabelo todo para trás, com um pente ela o desembaraça, me machucando, me fazendo lembrar de quando era criança e minha mãe me arrumava para a aula, em que ela estava bêbada e mais me machucava do que me penteava.
Ela  faz uma trança, um tanto solta, que bate no meio das minhas costas. Arruma minha franja, para que não pareça uma beata. Faz uma maquiagem ridícula com um batom brilhoso horrivel.
— Vai logo! — Ela abre a porta e me expulsa do meu próprio quarto, pegando minha bolsinha, com todo o meu dinheiro da noite. Sinto a garganta arranhar, mas respiro fundo, não vou dar a esses dois malditos a vitória.

Mermaid- A sereia e o mafioso Onde histórias criam vida. Descubra agora