"A maldade que você me ensinou eu executarei, e será difícil, mas serei melhor que as instruções." - Willian Shakespeare.
Segredos, mentiras e dinheiro são as coisas que regem a humanidade, eles são os pilares para que as nações continuem em um cre...
"O passado é nossa definição. Podemos lutar, com bons motivos, para escapar dele ou para escapar do que há de mau nele, mas só escaparemos se acrescentarmos algo melhor." -Wendell Berry.
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Lower Canaan, Ohio.
As luzes do quarto estavam acessas, a televisão ligada em um canal aleatório e o computador com a aba do google aberta em branco sobre a cama, mas todo o foco da atenção de Leonora estava em cada uma das páginas dos arquivos que ela lia e relia, buscando algo que fizesse aquele perfil fechar de alguma forma.
A mulher não se orgulhava de não ter nem ao menos tirado sua maquiagem ou trocado suas roupas antes de se deitar na cama, mas infelizmente tal coisa era muito comum quando ela não estava em sua própria casa ou cama. Bouveair detestava se deitar "suja" em sua cama, e também detestava que outras pessoas se deitassem ali, visto que em sua mente ela achava que o cheiro daquela pessoa iria atrapalhar seu sono.
A agente suspira frustrada e ajeita os óculos de leitura em sua face, logo se deitando direito e encarando o teto vazio do quarto.
Não fazia sentido que o imitador usasse o esperma de outro homem em uma vítima, ele poderia apenas ter excluído essa coisa e ainda assim iria aterrorizar os moradores da cidade. Não faria diferença para o público.
Mas deveria fazer diferença para ele. Pensa Nora puxando a ponta do cachecol que usava para brincar de forma despretensiosa.
— Um homem não usaria o sêmen de outro homem..., mas a porcentagem de mulheres que estupram outras mulheres são quase nulas... — Um suspiro. — Papel foi encontrado nos ferimentos, por que perder tempo e colocar papel em um ferimento? Papel comum. Papel de caderno.
Os pensamentos de Leonora escapam por sua boca em um sussurrar largado ao vazio, sem ninguém que pudesse lhe responder ou lhe dar uma segunda opinião em suas divagações.
Bouveair respira de forma profunda, sentindo o aroma suave e marcante cuja qual o cachecol que seguia ao redor do pescoço dela se encontrava. Era um cheiro com notas almiscaradas, provavelmente vindo do pós barba de Reid, e um teor mais amadeirado presente, este que definitivamente seguia sendo do perfume que o homem usava, não havia muitas notas cítricas ali.
Era sutil e elegante, difícil de confundir depois de catalogado em sua mente. Era quente e reconfortante, um envelhecido bom, como... como quando você sentia o cheiro da própria casa depois de um dia frio e exaustivo. Era algo que lhe alinhava nos braços e conduzia para o conforto. Sem sombra de dúvidas era um cheiro másculo.
Nora não mentiria para si mesma, ela gostou do aroma.
Será que existia alguma probabilidade de ela questionar o nome do perfume do homem sem que a pergunta soasse estranha?
Provavelmente não, então Leonora teria que se conter com a curiosidade nada útil e sem sentido.
A mulher sabe que deveria se levantar de sua cama, retirar o cachecol e ir devolver a peça ao dono, mas ela não o faz.