"A maldade que você me ensinou eu executarei, e será difícil, mas serei melhor que as instruções." - Willian Shakespeare.
Segredos, mentiras e dinheiro são as coisas que regem a humanidade, eles são os pilares para que as nações continuem em um cre...
“As pessoas se tornam mentirosas no instante em que se apaixonam.” - Harlan Ellison.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
A noite quente de verão recaía sobre a cidade como um manto pesado e sufocante, abafado. As luzes dos postes das ruas iluminavam o caminho, mas ainda assim projetavam sombras o suficiente para que alguém inteligente pudesse se esgueirar e caminhar sem ser percebido.
Famílias, amantes e amigos andavam despreocupadamente pelas ruas, rindo e conversando.
Sempre tão aversos as maldades da terra.
Se a figura escondida na sombra sobre o alto prédio quisesse, ela poderia mover sua arma e os assassinar antes mesmo que pudessem escutar o som de sua arma ser disparada. Um tiro certeiro bem abaixo da mandíbula, no centro do pescoço, os faria despencar no chão como um brinquedo sem pilha.
Era como arrancar o ser humano da tomada.
Há uma distância tão longa aquele era o segundo melhor lugar para atirar; o primeiro era obviamente a cabeça. Um único tiro bem no centro da testa.
O problema da cabeça é que ela se movia demais, um milésimo de atraso e o erro estava feito, se o vento batesse mais forte o alvo sairia vivo. Se o seu coração batesse mais forte a trajetória da bala mudaria.
Em um trabalho como aquele você deveria prever todas as imprevisibilidades, pois depois de o primeiro tiro ser disparado... acabou.
Depois do primeiro tiro os gritos de terror iriam se amontoar nos ouvidos de todos, as crianças gritariam e o caos seria instaurado.
Tudo dependia de apenas três segundos. Os únicos três segundos que de fato importavam.
No primeiro segundo; você inspirava e colocava o dedo sobre o gatilho. No segundo; você tomaria nota dos batimentos de seu coração. No terceiro segundo; quando você estivesse há um milésimo de segundo de expelir o ar de seus pulmões, e naquele instante, quase impercebível, em que o seu coração não havia terminado de pulsar...
Era aí que você puxava o gatilho.
Os dois olhos sempre fixos em seu alvo.
A figura vestida de preto por inteiro já reconhecia e dominava cada um dos passos, afinal, aquele era de fato o seu trabalho.
O corpo da pessoa se alinhava contra o chão do telhado do prédio alto, seu rifle de precisão sob as sombras apontava diretamente para o apartamento do outro lado da rua.