"A maldade que você me ensinou eu executarei, e será difícil, mas serei melhor que as instruções." - Willian Shakespeare.
Segredos, mentiras e dinheiro são as coisas que regem a humanidade, eles são os pilares para que as nações continuem em um cre...
“Não há refúgio da memória e do remorso neste mundo. Os espíritos das ações tolas nos assombram, com ou sem contrições.” - Gilbert Parker.
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Las Vegas.
Os três agentes liam o arquivo que Reid havia acabado de entregar, arquivo este que havia, de forma muito misteriosa, sido passada por baixo da porta de seu quarto, acompanhada dos dizeres claros de “está investigando o homem errado”.
— O envelope foi deixado antes na recepção? — Pergunta Rossi.
— Não, foi direto para o meu quarto. — O doutor nega com a cabeça.
— Então, pode ter alguém de olho em você. — Aponta Bouveair. — Sabem em qual quarto está.
— Tenho que admitir que a hora é meio suspeita. — Murmura Morgan, apontando algo que Spencer já havia reparado sem grandes dificuldades.
— Uma hora depois de ver meu pai, nos entregam outro suspeito. — Um suspiro.
Spencer sabia que havia algo por baixo de tudo aquilo, uma coincidência como aquela era uma chance de um em um milhão. William deveria ter algo a ver com aquilo e tal coisa frustrava o homem, mesmo que sua mente já estivesse brilhando em letras garrafais um perfeito “ERA ÓBVIO”.
— Acha que conhecia esse cara? — Rossi aponta para a foto de Gary Michaels no arquivo, deixando Reid pensativo ao encará-la novamente.
O arquivo que fora entregue no quarto do doutor era um arquivo criminal, mostrava duas fotos de Gary, uma de frente e outra de lado, e também contava com todas as suas informações básicas e digitais. Não seria complicado rastreá-lo.
Os ombros do doutor se movem de forma hesitante e nervosa.
— Não sei. Talvez. Acho que sim, mas não tenho certeza. Não sei. Eu não sei. — Os cabelos do doutor são colocados atrás de suas orelhas. — “Exibição das partes intimas a um menos.” todos nós sabemos que isso antecede um molestamento.
— E assassinato. — Aponta Morgan de prontidão. — Deveríamos examinar melhor esse cara.
Reid concorda com a cabeça, se prontificando para concordar com aquilo e adicionar fatos importantes, mas antes que pudesse dizer uma palavra sequer o telefone de Morgan ressoa alto.
— É a Garcia. — Avisa ele antes de atender a ligação. — Fale comigo, amor.
— Estou interrompendo a diversão na casa de strip-tease? — Brinca a mulher sem qualquer sinal de vergonha ou hesitação, ou seja, em seu tom leve e rotineiro.
É inevitável a forma como a cabeça de Spencer se vire na direção aposta aos agentes, desconfortável com tal questionado direcionado de forma tão limpa, mesmo em forma de brincadeira.
