"A maldade que você me ensinou eu executarei, e será difícil, mas serei melhor que as instruções." - Willian Shakespeare.
Segredos, mentiras e dinheiro são as coisas que regem a humanidade, eles são os pilares para que as nações continuem em um cre...
"Outras coisas podem nos mudar, mas a família é o começo e o fim." - Anthony Brandt.
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Whashington, D.C
Leonora ajeita as flores sobre a mesa uma vez mais, rodando o vaso de vidra transparente para encontrar a posição perfeita do arranjo, logo ajeitando alguns dos talheres prateados também.
A mulher inspira profundamente, sentindo o cheiro quente da carbonara de Rossi preencher por completo cada canto da sala e da cozinha de seu apartamento.
— Nora. — Chama Caleb atrás de sua filha, colocando as mãos em seus ombros e a virando para si. — Já arrumou essas flores três vezes.
Bouveair vira sua cabeça e encara as peônias roxas sobre a mesa, milimetricamente arrumadas e com os caules cortados de maneira proporcional, tecnicamente perfeitas.
— Prefere que eu decida ajudar o David na cozinha? — Ela questiona com um sorriso suave.
— Deus, por favor, não. — Nega o homem de imediato, arrancando um pequeno riso anasalado de sua filha. — Como cozinheira você é a melhor agente do mundo.
Leonora queria que tudo naquela noite fosse perfeito, para todos da equipe poderia ser apenas um jantar, mas para ela era muito mais do que aquilo. Camille nunca teve a oportunidade de conhecer nenhum amigo ou amiga de sua filha, tampouco viu a garota trazer amigos para casa, mas pelo menos Caleb estava ali para ver tal coisa.
Não que ela já estivesse considerando a sua equipe como amigo..., bom, talvez um pouco..., Deus, isso parecia tão desesperador da parte dela quanto achava?!
O caso era, Nora não havia dito toda a verdade para o doutor Reid quando ela informou que Caleb estaria no jantar, existe de fato uma surpresa e seu pai ficaria chateado se fosse deixado de fora, mas sua presença era muito mais necessária por aquela ser a primeira vez que Leonora levava pessoas para casa.
— Quer conversar sobre o caso? — Questiona o Coulter, analisando Nora por completo.
— Por que iria querer? — A mulher encolhe os ombros e se afasta. — Dave já te contou tudo mesmo.
Nora escuta o suspiro de seu pai, enquanto ela própria ajeita o bowl com salada de folhas verdes, se focando em outra coisa além daquele sentimento de ansiedade que buscava uma forma de se apossar de si.
— Sei que hoje foi um dia difícil para você. — Ele começa com incerteza, se apoiando em duas das três cadeiras em sua frente. — Mas você conseguiu. Focou no que era importante, focou no caso e ajudou a solucionar tudo.
De forma apática a mulher levanta seu olhar para seu pai, sem saber ao certo como se sentia com aquelas palavras.
Não existia nenhum manual para ser uma boa filha, uma boa amiga, ou tampouco como ser uma prodígio que fosse aceita por seus colegas de turma. Tudo era tentativa e erro, o acaso do acaso. A famosa sorte.
