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  Lina e Chris juntamente com Eloy e Lore passaram por nós.
  — CARRINGTON — Eloy gritou e abraçou meu melhor amigo.
— E AÍ, BIGHOUSE — Carrington gritou de volta — Caralho, quanto tempo.
  Carrie abraçava agora Lina e Lore, que também sorriam.
  — Muito, sentimos sua falta — Lore disse.
  — Sentimos mesmo, que bom que veio — Lina disse — Ãhm... esse é Chris.
  — Beleza? — Carrington estendeu a mão pra Chris que retribuiu, mas não tão simpático como geralmente é.
— E aí — Chris respondeu.
— Você é um dos triplets, certo? O mais novo — Carrie sorriu com malícia e o cutuquei com o cotovelo.
— Isso aí.
  — Eles chegaram, vamos lá fora — Lina disse e agradeci pela ótima deixa.
  — Vamos também— eu disse e Carrington me pegou na cintura e me desceu da bancada, estendendo a mão e a segurei, indo pra fora. Não vi mais o Matt nem a garota.
  Tara continuava em cima da pickup e a mesa de som agora estava próxima. Havia um pequeno palco pra que pudessem cantar ali. A caipirinha começava a bater ou parecia muito que as luzes eram mais brilhantes agora. A música começou a tocar, era I Know, e Lina e Lore subiram em uma mesa, estendendo a mão pra subisse junto com elas. Eloy, Chris e Carrie gritavam pra nós enquanto dançávamos. Começou a tocar Eyes On Me e Asteria tirou os óculos, olhando diretamente pra mim. Tara sorriu, entregando que certamente disse à ele que era fã. Asteria gesticulou com os dedos, me chamando.
  — Vai lá, Lia — Lore encorajou.
  — Tá cheio pra cacete.
  — Ah, para. Carrie!
  — Sim?
Praticamente gritávamos por cima da música alta. Lina e Lore apontou pra Asteria e Carrie me olhou de volta.
  — Quer ir pra lá?
  Fiz que sim com a cabeça e Carrie se abaixou um pouco pra que eu subisse em seus ombros. Suas mãos nas minhas coxas me firmavam e andamos até o pequeno palco. Começou a tocar Party Like 80's no momento que me juntei a Asteria.
  — E aí — ele disse, com um sorriso lindo e o sotaque da Nova Zelândia se fazendo presente.
  — Oi — eu disse, sorrindo. Comecei a cantar, dançar e pular juntamente com ele. Barelyhuman se aproximou e dividimos o microfone. Eles eram extremamente altos perto de min. Carrington ria e seus braços estavam pro alto enquanto ele dançava. A música acabou e começou Faster n Harder, e quem ficou no meu lugar foi Tara. Carrie me desceu e me deu a mão pra passarmos pela pequena multidão. Minha cabeça estava à mil e rindo à toa. Peguei o copo da mão do meu amigo e virei seja lá o que tivesse dentro. Voltei pra mesa com as meninas pra dançar com as mesmas. Alguns fogos de artifício explodiram e eu não contive minha expressão. Eu AMO fogos de artifício. Seja lá de quem tenha sido a ideia, eu amei. Sorri quando diversas luzes brilharam no céu.
  Vi outras duas irmãs Kalogeras passando juntamente com Madi, Nick e Larray, que acenaram pra nós. Quantas dessas Kalogeras existiam? Eu e as meninas ainda dançávamos e Eloy e Carrie gritavam pra nós, Chris observava Lina como uma presa. O que não demorou muito até ela perceber e ele a forçar a descer e irem procurar um lugar mais reservado.
  Acabei ficando sozinha quando Eloy fez o mesmo com Lore. Percebi que não iria demorar acontecer quando Eloy começou a acariciar a panturrilha de Lore. À essa altura do campeonato, Carrie me observava encostado na parede.
   Avistei Matt com a garota que parecia ainda mais próximo dele agora. Ele sorriu e corou, mas se afastou, deixando a menina sozinha, com a cara frustrada. Matt veio em minha direção e ficou próximo de Carrington.
  — Ah, você deve ser o Matt— Carrington disse — não devia estar com a sua garota?
  — Sou, e quem é você pra achar que devo satisfação?
  — Carrington, melhor amigo de Lia — Carrie estendeu a mão.
  — Eu sou o...
  Desci da mesa e Carrie estendeu a mão pra me ajudar.
  — Esse é o irmão de Nick e Chris. Oi, Matthew — eu disse, rindo, apesar de saber que o clima não era pra isso.
  — Oi – seu tom de voz era seco.
  — Vou ao banheiro— disse mais para meu amigo — pega mais uma pra mim?
  — Claro.
  Entrei na casa e vi Jake com uma garota no sofá. Ele deu um sorriso e acenou, acenei de volta. Subi até o segundo andar e fui em direção ao banheiro. A casa toda estava iluminada apenas com luzes coloridas, e o banheiro estava roxo. Ajeitei a maquiagem no espelho e ajeitei a minha roupa. Fiz um rabo de cavalo frouxo pra livrar o pescoço do calor. Uma batida na porta me fez sobressaltar. Lá fora tocava Stereo Love e a música foi abafada pelo banheiro fechado.
  — Já vai! — gritei do lado de dentro. Quando abrir a porta, Matt entrou de supetão e fechou a porta atrás de si — que merda é essa? O que pensa que tá fazendo?
  — Você tá linda pra caralho— os olhos de Matt se demoraram por cada centímetro do meu corpo.
  — Agora que você viu? Cadê sua companhia?
  — Tá, olha. A menina não parava de falar. Nick não aguentava mais ela e ele empurrou ela pra mim. Ela não conhece muita gente, não quis deixar sozinha. Eu acabei de conhece-la.
  — Ah, sim. Então por isso não falou comigo?
  — Não.
  — Então?
  E eu tive o choque de realidade. Carrington. Matt está agindo estranho desde que falei dele hoje de manhã. Bufei.
  — Carrington? — questionei, e ele desviou o olhar. Não posso discutir, achei o mesmo de Madi e ele há poucos dias atrás — ele é meu melhor amigo. Como você e Madi. Não tem o que se preocupar.
  — Desculpa. Você pareceu feliz demais quando soube dele.
  — Fazia tempo que não nos víamos.
  O banheiro começava a ficar abafado e úmido de suor. A música continuava lá fora.
Ficamos em silêncio por um momento e ameacei de sair.
  — Bom, com licença — eu disse, mas sua mão agarrou meu pulso.
  — Espera.
  — O que foi?
  Matt tirou a xuxinha que prendia meu cabelo, soltando todos os fios pelos meus ombros, e me virou, contra a porta. Seu braço com tatuagens estava escorado na altura de meu rosto.
  — Ei?!
  — É melhor.
  — Do que você tá falando?
  — Pra isso.
  Matt enfiou as mãos pelo meu cabelo e me puxou pra perto. Estávamos tão próximos que nossa respiração se tornou uma só. A música ainda era abafada do lado de fora, dando ainda mais clima para o momento. Nossos narizes roçaram um no outro e Matt respirou fundo.
— Me desculpa — ele disse baixinho — por favor.
Toquei meus lábios nos dele e um choque elétrico percorreu meu corpo. Nossas línguas dançavam em nossas bocas. Matt puxou minha cintura nos levando até a pia, fácil e rapidamente ele me ergueu.



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