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Any Gabrielly

Assim que chegamos na casa, percebo que é festinha de riquinho, só a casa são do tamanho de três terrenos.

Eu vou perder a minha amiga aqui dentro.

Subimos algumas escadas que levam até uma varanda moderna, Sabina aperta a campainha, logo a porta é aberta por um homem todo engomadinho, ele tá até de luva.

— Bem vindas. – O mesmo diz, nos dando passagem para entrar.

Passamos pelo mesmo, adentrando um corredor enorme, todo em tons frios. O piso do mesmo tom em marmore, quadros e vasos que comprariam uma casa e um lustre do tamanho de um carro.

Tipico de rico.

— Onde você conheceu esse cara Sabina?

— Em uma festa, ele foi gente boa, pagou a nossa conta. E olha que a gente bebeu pra caralho naquela noite.

— Deve ter sido trocado pra ele, tenho quase certeza.

— Claro que foi. – Concorda rindo. — Aproveita. As bebidas são importadas, a comida foi feita por chefes renomados, essa casa tem mais quartos que motel, a cama parece uma nuvem.

— Você já dormiu com esse cara, não foi? – Um sorriso safado surge em seus lábios. — Vagabunda! Você não presta Sabina.

— Presto sim, ainda estou na validade!

— Eu acho que não vou beber hoje, vou ficar só na bebida sem álcool. – Aviso.

— Ah Any, olha quanta bebida cara, você pode dar um shot de cada. Vai ficar doidona!

— Se você ficar doida, querer tirar a roupa e dançar na mesa de centro eu não vou te ajudar. – Aviso.

— Eu não vou lembrar no outro dia, então não tem problema.

Dou risada, mostrando meu telefone.

— Você sabe que hoje em dia tudo vai pra Internet? Que todo mundo tem um telefone com uma câmera? Tem certeza do que quer fazer hoje? – Questiono a fazendo refletir.

— Vamos começar com um licor então. – Responde assim que um dos garçons passa por nós, pegando uma taça da bandeja que carrega.

— Vagabundas! – A voz de Heyoon soa atrás de Sabina.

— Sua cadela! – Sabina diz antes de levar o canudo da sua bebida a boca.

— Vocês demoraram, o quê estavam fazendo? – A Coreana questiona.

Aponto pra Sabina.

— Confesso que a culpa é minha, eu me atrasei. – A mesma responde.

— Já desconfiava... – Heyoon diz simples. — Any, tenho uma péssima notícia...

— Fala...

— Seu ex tá aqui... – Heyoon diz baixo, levando sua bebida a boca.

— Qual deles? – Sabina questiona fazendo Heyoon rir.

— Há ha, quem vê parece que você não tem uma fila de ex, não é?

— O sujo rindo do mal-lavado. - Heyoon zoa.

— Agora é sério, qual deles? - Questiono.

— O Arriba! – Heyoon responde ao balançar as mãos, imitando uma dança espanhola que na cabeça dela é espanhola.

— O Carlos? – Sabina questiona incrédula.

— Esse mesmo. – Heyoon responde rindo.

Carlos foi um rolo meu alguns anos atrás, ele queria casar comigo.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora