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Any Gabrielly

Assim que as portas do elevador se abrem somos recepcionados por Hina, que nos dirige ao escritório do velho.

— Sr Marcos Ramirez, o jovem casal chegou. - Hina avisa ao velho, interpretando bem seu papel de secretária.

— Obrigada Yoshihara, pode voltar a sua mesa. - O velho ordena.

Hina assente, quando se vira acena levemente com a cabeça, confirmando que está tudo certo com o plano.

— Bom dia Sr Ramirez, como o Sr senhor está? - Questiono quando me aproximo da sua mesa.

— Muito bem senhorita Gabrielly. - O mesmo responde, apertando minha mão. - Sr Beauchamp. - Se refere a Josh.

— Estou bem, obrigada. - Josh responde com a carranca de sempre.

Seu personagem é ser ele mesmo pelo visto.

— Então o jovem casal decidiram morar juntos? - O velho questiona. - Já tem um local em mente? Um lugar mais afastado da cidade talvez?

— Gostaríamos de uma casa no meio da floresta. Minha namorada precisa de ar puro e tranquilidade. - Josh diz simples.

— Você sabe, o caos da cidade as vezes nos deixa atordoados. - Complemento.

— Entendo... - O mesmo diz, digitando a senha no seu computador. — Preferem uma casa de dois andares?

— Nós não nos decidimos ainda sabe...

— Talvez pudéssemos olhar algumas propriedades? - Josh questiona ao homem.

— Posso ver algumas que estão pra alugar...

— Nós queremos comprar. - Josh diz de imediato.

— Comprar? - Ramirez questiona surpreso.

O velho se interessou.

— A vista! - Me apresso em dizer, recebendo uma cutucada de Josh.

— Minha namorada é muito impaciente, está louca pra se mudar. - Josh incrementa.

— Entendo, muitas pessoas tem pressa em se mudar, com seus motivos. - Ramirez diz, enquanto digita em seu computador.

— Você deve me entender, morar na cidade é cansativo e estressante...

— Compreendo, tenho uma casa de campo e adoro passar o tempo lá. - O velho diz orgulhoso.

— Tem família? - Questiono, tentando puxar assunto.

— Uma filha, a mãe dela morreu quando ela era pequena. - Responde simples.

— Meus pêsames...

— Obrigada pela sua compaixão. - O velho agradece.

Já podem me dar o Oscar de melhor atriz do ano.

— Você tem outros terrenos? Somos inexperientes nessa área, queremos opiniões de quem tem experiência no assunto.

— Claro, posso ajudá-los sempre que quiserem.

— Posso ter o seu contato? - Questiono retirando o celular do bolso.

— Posso passar meu cartão.

— Eu prefiro que você digite diretamente, eu perco as coisas muito fácil. - Peço, entregando o celular pro mesmo.

Enquanto o velho digita o seu número no telefone percebo que há terra em baixo das suas unhas, que pra um empresário no ramo de imóveis é estranho.

Quando o mesmo finaliza me devolve o telefone, tomo cuidado de não tocar na tela do celular, que em baixo da mesa coloco em um saco plástico, colocando no bolso novamente.

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