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Any Gabrielly

Acordo com uma imensa dor de cabeça, como se um carro tivesse passado com a roda sobre ela.

Tento me levantar mas eu não consigo. A única coisa que eu me lembro foi de ter falado com o Davi, depois disso eu não lembro de nada.

Queria ficar na cama, já que ela parece me prender nela, mas eu preciso levantar porque eu tô morrendo de fome.

Ainda mais sentindo o cheiro de ovos mexidos e bacon.

Sigo o cheiro que me leva a cozinha, chegando lá minha boca saliva, torradas, omelete e bacon.

— Olha, você tá viva. - Josh diz ao me ver.

— Nem tanto... - Respondo ao bocejar.

— Vai se levar, eu fiz um café bem forte pra você.

— Não sou muito do Café tradicional.

— Mas você vai tomar. Agora vai se lavar, não melhor, toma um banho pra tirar essa ressaca.

Caminho quase me arrastando até o banheiro, ligo o chuveiro e deixo a água quente correr pelas minhas costas, lavo meus cabelos sentindo como se alguém batesse com um martelo na minha cabeça.

Esfrego meu corpo pra tirar essa inhaca de bebida, no chuveiro mesmo escovo meus dentes com vontade, duas vezes.

Me enrolo na toalha sentindo meu corpo inteiro doer, quando me olho no espelho quase não me reconheço. O quê eu fiz ontem?

Eu só queria esquecer dos meus problemas, não de todo o resto. Visto a primeira roupa que eu vejo pela frente, qualquer coisa tá bom.

Abro a porta dando de cara com Josh comendo uma torrada, e agora que eu percebi que ele tá sem camisa.

Olho pro mesmo e realmente, Josh tem um bom porte físico, parece que vive na academia.

E que porte físico.

Balanço a cabeça, afastando esse pensamento da minha mente.

— O quê eu fiz ontem a noite? - Tomo coragem pra perguntar, com medo da resposta.

— Você bebeu, bebeu mais um pouco, disse que amava sua amiga, imitou um trem, ficou fascinada pelo meu relógio, abraçou a sua amiga e por ai vai. - O mesmo diz, bebendo um gole do seu café.

— Ah... eu, eu não sei o que dizer. Foi mal? - Questiono com um sorriso infantil.

— Então não diga, só come.

— Posso te fazer uma pergunta?

— Isso já é uma pergunta.

Suspiro cansada, encarando o mesmo.

— Você faz academia?

— Por que essa pergunta?

— Só responde.

— Faz algum tempo que não faço, por que?

— Você consegue manter seu porte com apenas uma boa alimentação?

— Sim, por que?

— Nada.

— O quê foi? Quer começar a malhar?

— Isso não é pra mim.

— Quer correr comigo?

— Correr? Eu tenho o pulmão de um fumante.

— Por isso deve começar a correr. Quer tentar?

— Acho que sim. Que mal pode fazer né?!

— Combinado, vamos sair as 6:30 amanhã.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora