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Any Gabrielly

Enquanto passamos pela sala da enorme casa, sou observada por vários olhares, como Josh é conhecido por aqui, vou ser assunto por alguns dias.

Quando saímos pela parte de trás da casa, passando pelo jardim interno e um pequeno campo, Josh me leva até um banco mais afastado.

— O quê deu em você? – Questiono o mesmo que está de costas pra mim.

— Nada demais.

— Nada demais? Josh, qual é o seu problema? Uma hora você é aberto, ri, brinca, e do outro sua expressão fica séria, você se fecha.

— Desculpa. - O mesmo diz, abaixando seu olhar. — Eu só... eu só...

— Vai Josh, fala. Coloca pra fora, eu já fiz isso, agora é a sua vez.

— Você me considera alguém que possa confiar? – Questiona.

— No começo não, mas agora já me sinto a vontade com você.

— Eu perguntei se me considera alguém em quem confia...

— Eu confio em você.

— Por que?

— Porque você levou um tapa da minha mãe, por minha causa.

— Isso não é nada, já passei por coisas piores. - O mesmo leva a mão a bolso, retirando de lá um dispositivo metálico, que lava aos lábios, após algumas tragadas o mesmo solta a fumaça pela boca e nariz.

— O quê é isso? Tem cheiro de morango. - Questiono curiosa.

— Quer provar?

— Eu perguntei o que é isso?

— Você gosta de morango né? – Questiona.

— Sim, gosto.

— Acho que você vai gostar disso. -

Pego o mesmo e o cheiro, sentindo o frescor de chiclete de morango.

— Melhor não. – Digo a Josh, devolvendo o aparelho para o mesmo.

— Você nunca vai saber se não gosta se não provar. – O mesmo puxa minha mão, me dando o aparelho.

Levo a pequena abertura aos lábios e puxo como cigarro, diferente do cigarro de tabaco, a fumaça que passa pela minha garganta é gelada.

Começo a tossir, devolvendo o aparelho pra Josh, o mesmo começa a rir.

— Você fez errado, não é como um cigarro. Você precisa puxar devagar.

O mesmo leva o dispositivo aos lábios novamente, puxando a fumaça.

Um sorriso surge em seus lábios quando a fumaça sai pelo seu nariz.

— Quer tentar de novo?

— Acho que não.

— Tenta de novo, mas dessa vez devagar. - Volta a insistir, me alcançando o aparelho.

Levo novamente aos lábios enquanto sou observada por Josh, puxo lentamente a fumaça, que lentamente entra em meus pulmões, ainda gelada, mas dessa vez suave, mas ainda começo a tossir.

— Como foi? – Questiona quando retiro o aparelho dos lábios.

— Ainda não consigo fumar isso, eu desisto.

Devolvo o aparelho pra Josh, já cansada dessa brincadeira.

O mesmo ri, levando o aparelho aos lábios, puxando a fumaça que volta a sair pelas suas narinas.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora