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Any Gabrielly

O vento o gélido congela meu pescoço e sinto como se a moto fosse cair a qualquer momento, já que o condutor desvia dos carros como um louco.

— Eles ainda estão na nossa cola. – Aviso.

— Nossa, obrigada. Nem tinha percebido.– Diz irônico olhando no retrovisor.

— Olha só, eu nem queria tá aqui, queria estar servindo bebidas pra riquinho mimado e ganhando um bom cachê!

— Você tira um bônus por fora? – Questiona.

Agora ele me ofendeu.

— Você acha que eu sou qualquer uma? Que se vende por algumas notas moles?

Isso realmente me chateou.

— Não foi isso que eu quis dizer...

— Chega, só me livra dessa merda que você me meteu. Depois disso nunca mais nos veremos.

O mesmo não diz nada, apenas acelera, ultrapassando e cortando os veículos em seu caminho.

Quando passamos pelo sinal que estava verde e torna-se vermelho comemoro, sabendo que isso os atrasará por alguns instantes.

Assim que o mesmo estaciona ao lado de uma grande árvore desço da moto, retirando o capacete e soltando meus cabelos.

— Gostou do passeio Bartender? – Questiona quando retira o seu capacete.

— Eu não pedi com adrenalina. – Digo séria mas o mesmo encara como algo engraçado.

— Você reclama demais. – Informa ao sair da moto, e deixar o capacete sobre as mesma.

— Eu tô ficando maluca. – Solto uma gargalhada. — Eu tô no meio do nada, com um completo estranho, saí no meio do expediente, sem avisar ninguém e tô aqui, sem saber o que fazer!

— Quanto drama...

— Olha aqui garoto... – Aponto o dedo para o mesmo, e um sorriso engraçado surge em seus lábios. — O quê foi?

— Nada demais. – Responde ao coçar o queixo, desviando o olhar.

— Fala! – Insisto.

— Não sabemos o nome um do outro... – Lembra com um sorriso divertido.

Meu deus.

Eu saí por aí com um cara qual eu nem sei o nome...

Eu tenho que repensar minha vida.

— Qual é o seu nome? – Eu começo.

— Joshua... mas todos me chamam de Josh. – O mesmo estende a sua mão em minha direção. — E o seu?

— Any... – Seguro sua mão e o cumprimento. — Any Gabrielly.

— É um prazer conhecer você, Any Gabrielly.

— Não posso dizer o mesmo Joshua.

— Me chama de Josh.

— Não temos tanta intimidade pra isso. – Quebro a conversa puxando a minha mão.

— Você parece um gato, sempre arisco, em alerta...

— Eu sou assim, se eu vacilar podem me ferrar. – Justifico. — Tá, já nos apresentamos, e então, o quê vamos fazer agora? – Questiono olhando ao redor.

Joshua pega o seu celular e o desbloqueia, fica por alguns segundos observando o aparelho até o levar ao alto, tentando conseguir sinal.

— Sem sinal, tenta o seu.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora