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Any Gabrielly

Ao invés de irmos pra mecânica, Josh vai pro lado oposto. Não quero questionar, mas estou curiosa pra onde vamos.

Não demora muito Josh estaciona em frente a uma casa grande de dois andares, olho pro mesmo que parece enfrentar demônios dentro de si encarando o volante.

— Você tá bem? - Questiono após alguns segundos em pleno silêncio.

— Estou, só estou me preparando pra entrar lá.

— Lá...

— Na casa dos meus pais.

— Agora entendi. Você não queria vir sozinho.

— Você se importa de ir comigo? - Olho em seus olhos que prácticamente suplicam pra mim ir junto.

— Claro que não, vamos entrar juntos.

— Você já conhece por cima como é a minha familia, mas ao vivo a coisa é bem pior.

— Você viu meus pais, aquilo já é normal pra mim.

— É que... eu não...

— Joshua, eu não tenho medo da sua família, se falar alguma coisa pra mim vai levar de volta. Isso te deixa mais tranquilo?

— Acho que isso me deixa ainda mais preocupado.

Dou risada, colocando os cabelos pra trás das orelhas.

— Eu vou estar do seu lado o tempo inteiro, não vou sair por nada, ok?

Josh suspira, voltando a olhar o volante até sua mão abrir a porta do carro e o mesmo colocar um pé pra fora.

Saio do carro e dou a volta, parando em frente a sua porta.

— Vamos? - Questiono estendendo minha mão em sua direção.

Josh me olha, logo suspirando e pegando minha mão, puxo o mesmo batendo a porta do carro.

Quando chegamos a entrada da casa Josh fica receoso de abrir a porta mas mesmo assim gira a chave, entrando em seguida.

Sigo o mesmo pra dentro da casa, já ouvindo o barulho da TV no cômodo ao lado. Quando Josh iria subir as escadas uma voz rouca me assusta.

— Lembrou que tem casa moleque. - O homem sentado na poltrona reclinável diz, após beber um gole de cerveja.

— Essa é a última vez que eu entro nessa casa, pode ficar tranquilo. - Josh responde, voltando a subir as escadas.

Ouço a risada irônica do velho enquanto subimos a escada.

— Esse é o seu...

— Sim, é meu pai. - O mesmo diz, completando a frase.

Josh abre a primeira porta depois da escada, acende a luz e joga a chave do carro sobre a cama.

Olho ao redor vendo algumas caixas no canto do quarto, algumas sobre a cama e outras espalhadas pelo chão.

— Você vai levar tudo isso?

— Eu não tenho muita coisa, já que meu pai já vendeu a metade delas pra comprar bebida. - O mesmo responde simples.

Suspiro ao olhar ao redor e imaginar como era o seu quarto.

— Vamos começar? - Questiono, tentando fazer Josh ficar o menos possível nessa casa.

Pego duas caixas e saio do quarto, descendo as escadas, vendo o velho ainda sentado e ao seu redor várias garrafas de cerveja e Uísque vazios.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora