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Any Gabrielly

Com a ajuda de Noah, levo Josh até o carro, Hina e Krystian voltaram pro Hotel pois precisavam invadir as câmeras da casa, e isso levaria tempo já que a segurança é reforçada.

— Vai devagar. - Digo a Josh que tenta subir as escadas rápido.

— Ouviu o médico, eu tô bem. Posso caminhar como uma pessoa normal.

Suspiro cansada, enquanto seguro seu braço, subindo a escada.

— Você agora precisa descansar.

— Eu tô bem.

— Já é quinta vez que você fala isso Joshua.

— É porque eu tô bem.

Aperto o botão do elevador e coloco o braço de Josh envolta do meu pescoço.

— Pro seu tamanho você é bem fortinha né?

— Tamanho não é documento.

— Tem razão.

— Olha você concordando comigo? É, acho que bateram muito forte na sua cabeça. - Digo ao entrar no elevador.

— Preciso concordar mais com você, as vezes você tá certa.  - O mesmo admite.

— Temos um avanço, você está admitindo.

Não demora as portas se abrem novamente, caminho lentamente até o quarto, uso o cartão de acesso e abro a porta deixando meu telefone sobre a mesa, levando Josh até a cama.

— Está com sede?

— Não, obrigada.

— Mas eu tô. - Assumo, abrindo o frigobar e pegando uma garrafa de água.

— Cansou de me carregar?

— Apesar do seu porte ser mais magro, você é alto e pesado.

— Tá me chamando de gordo?

— Eu disse que por você ser alto, é um pouco pesado. - Justifico.

— Eu tô brincando.

— Descansa, eu vou tomar um banho, beleza?

— Não tô com sono.

— Você está com cara de cansado, vai dormir um pouco, eu te chamo daqui uma hora, pode ser?

Josh assente, se deitando na cama.

Apago a luz do quarto e vou até o banheiro, tomo um banho lento, tirando todo aquele cheiro de floresta que impregnou na minha pele.

Agora que senti na pele a sensação de perder Josh sei que eu não posso ficar sem ele.

Em menos de dois meses eu me apeguei tão rápido a uma pessoa que isso me assusta parando pra analisar.

Talvez seja porque eu tenha dificuldade de criar laços com alguém. Consequência da falta de laços materno e paterno que não tive quando criança.

Quando volto vejo Josh dormindo, me aproximo da cama, ficando agachada observando seu rosto agora calmo, mesmo os machucados em seu rosto não diminuiram sua beleza.

Me sinto uma jovem do ensino médio que tem uma querida pelo colega de escola.

Isso é tão bobo.

Mas é tão bom sentir isso, me sinto voltando na época de escola.

Eu me preocupo tanto com ele que as vezes esqueço de mim. Só de imaginar que eu posso não vê-lo meu coração dói.

Isso tudo é tão idiota, esse sentimento inexplicável faz minha cabeça rodar as vezes.

New York RomanticOnde histórias criam vida. Descubra agora