— E eles viveram felizes para sempre! — Rebeca falou, fazendo uma reverência em agradecimento a plateia composta por Joaquim, Ângela e Sabrina.
Os três a aplaudiram animadamente, se sentindo realmente um pouco emocionados pela forma como a garota contara a história da Bela Adormecida.
— Como é ser feliz pra sempre, mãe? — a menina perguntou, olhando para Sabrina.
A mulher virou a cabeça, olhando para a esposa.
— É igual o que a gente vive — Ângela passou a frente, respondendo antes que a esposa pudesse dizer algo.
— Sério? — questionou Rebeca. — Não sabia que a Bela Adormecida sabia fazer pão!
Os três caíram na risada, deixando a menina ainda mais confusa. Ela teria o reconto na escola — que é uma atividade dinâmica para alunos do ensino fundamental — na próxima sexta-feira e eles como os familiares tinham o papel de ouvir a história e conversar sobre o assunto. Joaquim estava se segurando, não queria cortar o clima lembrando que era muito estranho um cara beijar uma garota que encontrou inconsciente.
Eles conversaram por um tempo sobre a história e então Joaquim se levantou para ajudar as tias com o jantar, enquanto Rebeca terminava as outras atividades da escola.
— Falando em final feliz — Joaquim disse de repente, enquanto cortava uma cebola que o estava emocionando bastante. — Nunca mais vocês duas saíram sozinhas né?!
As duas se viraram juntas, encarando-o como se ele tivesse acabado de lhes mostrar a maior descoberta da humanidade.
— A gente precisa de um encontro — Sabrina falou, se virando para a esposa. — Um cinema, um bar... qualquer coisa!
— Vão amanhã! — Joaquim sugeriu. — A senhora sempre diz que detesta sair no fim de semana porque tá todo mundo na rua — ele apontou para Ângela. — E se não combinarem algo logo, vão começar a dizer que estão cansadas demais e nunca vão combinar nada.
— Tudo bem — tia Ângela falou, sorrindo. — A gente pode ir depois que sairmos da KravInc.
— Depois que sairmos da KravInc e tomarmos um banho — tia Sabrina lembrou, e as duas ficaram rindo.
O telefone de Joaquim vibrou sobre a mesa e ele abandonou a cebola por um momento, para conferir. Imediatamente seus olhos se reviraram, ao ver que era uma mensagem de Felipe. Ele clicou para abri-la:
Você ainda não enviou a lista
de compras para o coquetel de amanhã!
Espera aí, coquetel de amanhã?
Apressadamente Joaquim se levantou, saiu da cozinha e foi para o quintal da casa, colocando o número de Felipe para chamar.
— Quem usa chamada de áudio hoje em dia? — Joaquim ouviu a voz de Felipe assim que a chamada foi atendida.
Ele resolveu ignorá-lo.
— O que você quer dizer com coquetel de amanhã? — perguntou rispidamente.
Naquele ponto, Joaquim nem se lembrava mais de quando eles se tratavam com educação.
— O coquetel que acontecerá na noite de amanhã na minha casa — Felipe respondeu no mesmo tom dele e então soltou um risinho que Joaquim entendeu muito bem o quanto era debochado. — Você achou que o único coquetel seria o de encerramento do congresso, não é?!
NÃO. PODE. SER!, o cérebro de Joaquim parecia brilhar em luzes neon.
— No contrato só tem um coquetel no cronograma — ele afirmou, certo de que aquilo era algum tipo de piadinha de Felipe, tentando se vingar pelo drink de molho de pimenta. — Você tá inventando isso.
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KravtQuim - Máfia e Pão (Romance gay hot)
RomanceNão faz muito tempo que os Kravtsov se estabeleceram em Minas Gerais, mas o pouco tempo foi suficiente para que se tornassem a família mais importante de Belo Horizonte. Entre contrabandos e a gestão da multinacional KravInc, os irmãos Aleksei e Fel...