Capítulo 2

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**Capítulo 2: Mortus o Primeiro a morrer**

Caim cavalgou de volta para seu castelo, a mente fervilhando com as imagens da criatura que havia encontrado no templo . O sol começava a se pôr, lançando longas sombras sobre o terreno rochoso, mas ele mal notava. Cada passo de seu cavalo o levava mais longe do terror que havia enfrentado, mas a lembrança permanecia vívida.

Ao aproximar-se dos portões imponentes de seu castelo, Caim sentiu o peso da responsabilidade recair sobre seus ombros. Seus homens, os que protegiam o castelo, tinham perguntas,”o porque ele tinha retornado sozinho” olhares ansiosos e confusos que ele não estava pronto para responder. Sem diminuir o passo, ele entrou pelos portões, ignorando os murmúrios e olhares preocupados.

— Meu senhor, o que aconteceu? — perguntou um dos guardas, mas Caim não respondeu. A urgência de sua missão era pessoal e vital, e ele sabia exatamente para onde se dirigir.

Subindo os degraus de pedra que conduziram à parte mais antiga do castelo, Caim atravessou corredores adornados com tapeçarias desbotadas e brasões familiares. A biblioteca, um santuário de conhecimento e mistério, estava situada no coração do castelo. Ao abrir a pesada porta de madeira, o cheiro familiar de pergaminhos e couro velho o envolveu.

No interior da biblioteca, entre pilhas de livros antigos e prateleiras que se estendiam até o teto, estava o bibliotecário. Carlos um homem idoso, de barba grisalha e olhos penetrantes, que dedicara sua vida ao estudo do oculto e do desconhecido, como um pai foi o tutor intelectual de Caim. O Rei Sanguinário sabia que, se alguém pudesse lançar luz sobre o que ele havia encontrado, seria este homem.

— Mestre Caim, que surpresa vê-lo aqui a esta hora — disse o bibliotecário, levantando os olhos de um manuscrito antigo. — O que o traz a esta sala de segredos?

Caim aproximou-se, a tensão evidente em seu rosto.

— Encontrei algo nas montanhas, algo além da compreensão. Uma criatura, uma entidade de puro mal. Preciso saber o que é — disse Caim, com a voz firme, mas marcada pelo terror recém-experimentado.

Os olhos do bibliotecário brilharam com uma curiosidade intensa. Ele fez um gesto para que Caim se sentasse enquanto se levantava e começava a vasculhar os livros empoeirados. Após alguns momentos de procura frenética, ele puxou um tomo antigo, cujas páginas amarelecidas pareciam prestes a se desintegrar.

— Há muito tempo, reza a lenda sobre uma criatura das trevas, o primeiro a morrer nomeado de Mortus, uma entidade que se rebelou contra o Elder God criador Pazuz, ele se uniu a Lucio's o Deus da luz e Grewn a Deusa dragão, a rebelião foi contida, Lucio's foi banido para o sul, Grewn transformada em uma estátua de pedra gigantesca a mesma que está no Dead Garden, já Mortus foi morto e lançado como uma estrela negra, jogado em algum lugar da terra maldita dos mortais, mesmo morto seu ódio reanimou o seu corpo e alma desde então ele se esconde nas profundezas das montanhas. Alguns o chamam de o "Senhor das Trevas", outros de "Morto Primordial". Dizem que ele espera a aparição do Salvador do mundo, que um dia libertará Mortus como todas as trevas e magia reclusa em seu interior. Ele está amaldiçoado a viver na escuridão eterna, sedento por almas e poder. Esta entidade possui força sobre-humana e poderes além da compreensão mortal. Muitos que se aventuraram em sua morada jamais retornaram.

Caim escutava atentamente, cada palavra do bibliotecário confirmando seus piores temores.

— Ele é antigo, Caim. Muito antigo. E sua fome nunca é saciada, não vejo o salvador prometido na lenda libertando o verdadeiro mal. E há quem diga que ele pode conceder poderes inimagináveis àqueles que ousarem pactuar com ele, mas a um preço terrível.

O guerreiro sentiu um calafrio ao ouvir isso. A criatura que ele enfrentara não era apenas um monstro; era algo muito mais sinistro e poderoso. E, naquele momento, Caim compreendeu que a luta contra os Paladinos, embora crucial, poderia ser apenas uma pequena parte de um conflito muito maior que estava por vir.

— Se o que você diz é verdade, então preciso saber como derrotá-lo ou, ao menos, como mantê-lo longe de meu reino — disse Caim, determinado.

O bibliotecário assentiu lentamente, a gravidade da situação refletida em seu olhar.

— Haverá muito que aprender, meu senhor. O caminho à frente é perigoso e cheio de incertezas. Mas com conhecimento, talvez possamos encontrar uma forma de enfrentá-lo.

E assim, naquela noite, sob a luz trêmula das velas, Caim e o bibliotecário começaram a explorar os segredos antigos, na esperança de descobrir uma forma de enfrentar o mal que agora ameaçava seu mundo

Caim: Coração Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora