Capítulo 11

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Capítulo 11: A Ascensão do Rei da Não Vida

Com o poder recém-adquirido pulsando em suas veias, Caim emergiu da templo como uma figura transformada. Seus olhos brilhavam com uma intensidade sobrenatural, e sua presença era agora dominada por uma aura de poder e perigo. Ele montou em seu cavalo negro, que parecia compartilhar da nova energia que fluía através dele, e partiu de volta para o castelo.

Ao retornar, encontrou Dimitri aguardando ansiosamente, pronto para a guerra que se aproximava. Caim desceu do cavalo com um sorriso sombrio, seus pensamentos mergulhados nas profundezas escuras do pacto que fizera.

- Dimitri, prepare nossos homens. A guerra está próxima, e temos um inimigo formidável a enfrentar - disse Caim, sua voz ressoando com uma nova autoridade.

Dimitri, embora visse a mudança em Caim, sabia que não era o momento de questionar. Ele assentiu e começou a coordenar os preparativos para a defesa do castelo e a mobilização das tropas.

Enquanto os homens se preparavam para a batalha, Caim se voltou para Mirena e Ingeras, sua família que agora estava mais uma vez reunida sob a sombra iminente da guerra. Mirena olhou para ele com uma mistura de medo e admiração, vendo o homem que ela amava agora transformado em algo mais do que humano.

- Caim, o que aconteceu? - perguntou Mirena, seus olhos fixos nos de Caim em busca de respostas.

Caim segurou as mãos dela com ternura, sentindo o calor de seu toque contra sua pele agora fria.

- Eu fiz o que tinha que ser feito para proteger vocês. O inimigo é formidável, mas não vamos sucumbir diante dele. Prometo que voltarei para vocês, não importa o que aconteça - disse Caim, suas palavras carregadas de determinação.

Mirena assentiu, sabendo que não podia deter Caim de seu curso. Ela abraçou Ingeras com força, protegendo-o com seu amor maternal enquanto se preparavam para enfrentar o desconhecido.

A noite caía sobre o campo de batalha, tingindo o céu de tons sombrios enquanto os exércitos de Caim, agora liderados pelo Rei da Não Vida, se alinhavam contra as forças templárias. As fileiras de soldados estavam dispostas, as espadas brilhando à luz da lua e os escudos erguidos em preparação para o conflito iminente.

Os Paladinos, sob o comando de seus generais, avançaram com um rugido de guerra, suas fileiras se movendo com disciplina militar. O som de tambores ecoava pelo campo, impulsionando os soldados a avançar com ferocidade.

Caim, posicionado à frente de suas tropas, sentia o poder recém-adquirido pulsando em suas veias. Seus olhos vermelhos brilhavam com uma intensidade mortal enquanto ele se preparava para enfrentar seus inimigos.

A batalha começou com um estrondo ensurdecedor. Flechas e lanças voaram pelo ar, encontrando seus alvos com precisão mortal. Espadas colidiam, escudos se chocavam, e o campo se encheu com os gritos de guerra dos combatentes.

O Rei da Não Vida, com sua velocidade sobre-humana e força imensurável, avançou contra os Paladinos com uma fúria implacável. Ele cortava através das fileiras inimigas como uma tempestade, seu corpo movendo-se com uma graça sobrenatural enquanto desferia golpes rápidos e mortais.

Sua presença era uma mistura de terror e admiração para seus próprios homens, que lutavam ao seu lado com renovado vigor. Cada golpe de sua espada era acompanhado pela certeza de que estavam protegidos por uma força que transcendia o mortal.

Enquanto a batalha rugia ao redor dele, Caim viu Devi, o filho mais novo do Grão Mestre Abel, enfrentando-o em um duelo de titãs. Os dois guerreiros trocaram golpes poderosos, suas espadas faiscando à luz das chamas que agora consumiam partes do campo de batalha.

Com um movimento rápido e mortal, Caim desarmou Élio, sua espada encontrando o coração do príncipe paladino. O corpo de Élio caiu aos seus pés, e Caim olhou ao redor, a fúria em seus olhos ainda não saciada, flechas perfuraram seu peito, ele se tornou um turbilhão de morcegos voando e atacando seus inimigos.

A batalha continuou por horas intermináveis, o campo se transformando em um mar de sangue e dor. Os Paladinos, desorganizados pela morte de seu líder, começaram a recuar, incapazes de resistir ao poder e à determinação dos soldados de Caim.

À medida que a luz da lua se erguia no céu escuro, os Paladinos foram finalmente derrotados. Caim, coberto de sangue e exausto, olhou para o campo de batalha agora silencioso. O preço da vitória havia sido alto, e o peso de sua nova natureza como Rei da Não Vida pesava sobre seus ombros.

Ele voltou-se para seus homens, sua voz ecoando pelo campo.

- A vitória é nossa. Honremos os caídos e preparem-se para os desafios que ainda virão. Esta é apenas a primeira de muitas batalhas que enfrentaremos juntos.

Os homens de Caim comemoraram sua vitória, mas sabiam que a guerra estava longe de acabar. Enquanto o Rei da Não Vida contemplava o futuro incerto de seu reino e de sua própria alma, ele sabia que sua jornada estava apenas começando.

Caim: Coração Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora