Capítulo 5

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Capítulo 5: A Chegada dos Invasores**

A grande sala de banquetes do castelo estava iluminada por candelabros resplandecentes, o brilho quente refletindo nas armaduras dos cavaleiros e nas vestes elegantes dos nobres. Caim estava sentado à cabeceira da mesa, seus olhos atentos enquanto seus conselheiros e os nobres discutiam estratégias para enfrentar a ameaça templários. A tensão no ar era palpável, cada palavra carregada de preocupação e urgência.

— Precisamos reforçar as fronteiras imediatamente — dizia um dos conselheiros, gesticulando com fervor. — Os batedores Paladinos já foram vistos em várias localidades próximas.

— E nossos recursos? — perguntou outro nobre. — Estamos preparados para um cerco prolongado?

Antes que Caim pudesse responder, um barulho alto ecoou do lado de fora da sala. O som de cavalos, gritos e uma confusão crescente fez com que todos se voltassem para a porta. Os guardas do castelo, em alerta, correram para ver o que estava acontecendo, mas antes que pudessem agir, as portas foram abertas com força.

Entraram soldados Paladinos, suas armaduras brilhando ameaçadoramente, e no centro deles, um mensageiro de postura altiva e olhar penetrante. A sala mergulhou em um silêncio tenso, os nobres e conselheiros se entreolhando com indignação e medo.

— O que significa esta invasão? — bradou um dos nobres, levantando-se com fúria.

O mensageiro paladino ergueu uma mão, pedindo silêncio, antes de falar com uma voz que ressoava pela sala.

— Viemos em paz, senhores — disse ele, embora seu tom de voz sugerisse o contrário. — Nosso Grão Mestre deseja apenas uma resolução pacífica. Pedimos ouro e prata, metade de suas reservas de comida. Assim, garantimos que não haverá guerra.

A declaração caiu como uma bomba na sala. Murmúrios indignados e protestos começaram a ecoar entre os nobres e conselheiros. Caim levantou-se lentamente, sua presença imponente silenciando a todos.

— E se levarmos metade de nossas reservas de comida, meu povo morrerá de fome quando o inverno chegar — disse Caim, sua voz carregada de autoridade e raiva contida.

O mensageiro paladino manteve o olhar firme sobre Caim, um sorriso frio curvando seus lábios.

— Este é o preço da paz, senhor. Pense nas vidas que serão salvas ao evitar a guerra.

Os nobres ao redor da mesa começaram a debater fervorosamente, muitos expressando seu descontentamento com a demanda absurda. Caim, no entanto, manteve seu olhar fixo no mensageiro, calculando suas opções. Ele sabia que ceder às exigências templárioss significaria a ruína para seu povo, mas também sabia que uma guerra aberta poderia ser devastadora.

— Vocês pedem a nossa destruição disfarçada de paz — disse Caim, finalmente. — Não podemos aceitar tais termos. Precisamos de nossos recursos para sobreviver ao inverno. Meu dever é proteger meu povo, não condená-los à morte lenta.

O mensageiro paladino deu de ombros, como se a resposta não o surpreendesse.

— Se esta é a sua decisão, senhor, informarei ao meu Grão Mestre. Mas saiba que ele não aceitará uma negativa facilmente. Preparai-vos para as consequências.

Com essas palavras, o mensageiro e seus homens viraram-se e deixaram a sala, a tensão ainda pulsando no ar. Os conselheiros e nobres voltaram-se para Caim, esperando orientação. Ele sabia que as decisões tomadas nas próximas horas seriam cruciais para o destino de seu reino.

— Preparem as defesas e alertem nossas tropas — ordenou Caim, sua voz firme. — Não cederemos às suas demandas. Faremos o que for necessário para proteger nosso povo e nossa terra.

Caim: Coração Das TrevasOnde histórias criam vida. Descubra agora