Caim: Coração Das Trevas

Capítulo 15

Capítulo 15: O Confronto dos Destinos

A manhã estava fria e escura quando o exército do Grão Mestre Abel II se aproximou do acampamento de Caim o Flagelo. Os mil soldados, acompanhados pelos paladinos e grifos, avançavam com uma determinação implacável. O brilho metálico de suas armaduras e armas refletia a pouca luz que conseguia penetrar a densa neblina que cobria a paisagem.

Do alto do morro, Caim observava o avanço das forças inimigas. Seus sentidos, agora aguçados pela transformação, captavam cada movimento, cada som. Ele sentia a tensão e o medo em seus homens, mas também a determinação feroz de proteger suas terras e suas famílias. Ele respirou fundo, preparando-se para o confronto que estava por vir.

- Hoje, nós lutamos não apenas por nossas vidas, mas pelo futuro de nossa terra e de nossos entes queridos! - gritou Caim para seus soldados. - Lembrem-se, cada um de vocês carrega a esperança de River of Soul's. Não mostrem piedade, pois nossos inimigos não terão nenhuma.

Os soldados de Caim responderam com um grito de guerra, suas vozes ecoando pela floresta. Com um movimento decisivo, Caim andou até onde sua montaria o aguardava. Ele montou no cavalo negro, seus olhos fixos no horizonte, onde a figura imponente do exército paladino se aproximava cada vez mais.

Os grifos, grandes e majestosos, sobrevoavam o exército inimigo, prontos para atacar. Caim sabia que esses seres eram uma ameaça mortal, mas ele tinha uma estratégia. Com um sinal, ele ordenou que seus arqueiros tomassem posição.

- Alvos nas asas! - gritou ele, e uma chuva de flechas cortou o ar, mirando os grifos. As criaturas soltaram gritos estridentes enquanto algumas caíam, feridas, do céu.

Os paladinos do Grão Mestre avançaram, suas espadas reluzindo sob a luz da lua. Caim sabia que esses guerreiros eram os mais habilidosos e disciplinados do exército inimigo. Ele puxou sua espada, sentindo o peso familiar da lâmina em sua mão.

- Por River of Soul's! - bradou ele, e com um impulso poderoso, avançou para a batalha.

O campo de batalha se transformou em um caos de aço e sangue. Caim era um tornado de Destruição, movendo-se de uma forma sobrenatural. Sua espada cortava através das fileiras inimigas, jogando soldados com armaduras pesadas para cima, deixando um rastro de destruição e membros humanos. Ele lutava como um homem possuído, sua sede de sangue misturando-se com a necessidade de proteger seu povo.

Os paladinos eram adversários formidáveis, até mataram seu cavalo, mas nenhum deles estava preparado para enfrentar a fúria de Caim. Ele derrubava um após o outro, se tornando intangível como névoa, sua lâmina encontrando brechas em suas armaduras. O chão sob seus pés estava encharcado de sangue, o corte mais profundo não o freava, nada além de prata poderia feri-lo, flechas perfuraram seu tronco, mas Caim continuava avançando, implacável.

Os grifos, apesar de feridos, ainda representavam uma grande ameaça. Eles desciam em ataques rasantes, suas garras afiadas rasgando a carne dos soldados de Caim. Com um salto impressionante, Caim agarrou um dos grifos, puxando-o do ar e enterrando sua espada em seu peito. A criatura soltou um grito de agonia antes de cair morta no chão.

Enquanto a batalha rugia ao seu redor, Caim percebeu a figura de um comandante inimigo, vestido com armadura dourada e brandindo uma espada ornamentada. Era claro que esse homem era um líder, talvez o substituto do filho do Grão Mestre. Caim sabia que derrubar esse homem poderia quebrar o moral dos Paladinos.

Com um rugido, ele avançou em direção ao comandante. Os dois homens se enfrentaram em um combate feroz, suas espadas colidindo com uma força tremenda. O comandante era habilidoso, mas Caim era imparável. Com um golpe final, ele desarmou o inimigo e o derrubou no chão, sua espada pronta para dar o golpe de misericórdia.

- Este é o destino de todos que desafiam River of Soul's! - gritou Caim, antes de cravar a espada no peito do comandante.

Todos pararam, parecia hipnotizante a cena, Caim estendendo a mão, o sangue saindo entre a armadura do grande paladino, e como por mágica flutuando como uma correnteza para os lábios de Caim.

Com a queda de seu líder, o exército de paladinos vacilou. Caim aproveitou a oportunidade para lançar um contra-ataque decisivo. Seus soldados, inspirados pela ferocidade de seu líder, avançaram com renovado vigor, empurrando os Paladinos de volta.

A batalha finalmente acabou, as forças do Grão Mestre começaram a recuar. Os grifos restantes voaram para longe, e os paladinos, sem liderança, foram rapidamente abatidos ou capturados.

Caim, coberto de sangue e suor, ergueu sua espada em triunfo. O campo de batalha estava silencioso agora, exceto pelos gemidos dos feridos e o som de seu próprio coração batendo furiosamente em seu peito.